“Claro que existem interesses diferentes e o processo é um pouco lento, mas cremos que está na direção certa”, comentou Tedros Adhanom Ghebreyesus numa conferência de imprensa em Genebra.
A decisão de negociar o primeiro tratado internacional sobre pandemias surgiu na sequência das falhas que foram detetadas durante a emergência da covid-19 e da necessidade de as corrigir para que o mundo esteja mais bem preparado e protegido – a nível local, nacional e internacional – em caso de novas pandemias.
Tedros Adhanom Ghebreyesus indicou que foram identificadas quatro “questões problemáticas” que bloqueiam o progresso nas negociações, que estão na fase final.
Explicou que para ultrapassar os bloqueios foram criados quatro grupos de trabalho, incluindo um dedicado à produção local e à transferência de tecnologia e outro à distribuição de benefícios.
“Penso que no futuro, tendo em conta que foram identificadas áreas prioritárias, será possível negociar através destes grupos de trabalho que representam interesses diferentes”, disse.
Assim, apesar dos atrasos nas negociações, referiu estar confiante de que se avançará com rapidez suficiente nas próximas semanas e que o tratado estará pronto para revisão e aprovação na próxima Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2024.
“Os nossos membros dizem que estão a trabalhar arduamente e que haverá uma solução, um meio-termo que colocará os 194 países de acordo”, adiantou.
LUSA/HN
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