Segundo o Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO), foram contabilizadas 19.649 mortes em janeiro de 2021, enquanto em 2022 e 2023 haviam sido registadas 11.747 e 11.945, respetivamente.
O início de 2024 também foi o mais mortal dos últimos três anos, assinalando 5.542 mortes nas duas primeiras semanas.
O dia com mais óbitos reportados foi 02 de janeiro, quando morreram 551 pessoas, um valor que não era verificado para o mesmo dia desde 2017, quando foram contabilizadas 578 mortes.
O SICO mostra ainda que no dia de Ano Novo morreram 513 pessoas, um número que nunca foi atingido em 01 de janeiro nos últimos 10 anos.
Nos primeiros quatro dias de 2024 foram registados 2.119 óbitos. Nos últimos dez anos nunca foram registadas mais do que duas mil mortes nesse período. Nem em 2021, ano marcado pela pandemia.
Depois de ter registado um excesso de óbitos durante 18 dias, janeiro verificou um decréscimo a partir do dia 19, com a mortalidade a permanecer “dentro do esperado”.
O excesso de mortalidade tinha vindo a ser registado desde o dia de Natal de 2023, ficando 37,4% acima do esperado em 01 janeiro, 47,4% em 02 de janeiro, 43,3% em 03 de janeiro e 38,6% em 04 de janeiro, os dias mais críticos.
Entre 01 de janeiro e hoje, a maioria dos óbitos ficou a dever-se a causas naturais, com uma média de 376 mortes diárias. A média de óbitos por causas externas é de 1,7 e 1487 estão sujeitos a investigação.
Os dados disponibilizados pelo SICO são atualizados de forma automática em intervalos de 10 minutos, permitindo fornecer aos administradores de saúde, autoridades de saúde pública e responsáveis pelo planeamento na área da saúde informação atualizada sobre mortalidade ocorrida em território nacional, por área geográfica, grandes grupos de causas de morte e grupo etário.
LUSA/HN
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