Mortágua acusa IL de querer “dar cheques ao privado”, Rocha cola BE ao PS

16 de Fevereiro 2024

Habitação, impostos e saúde marcaram as diferenças entre BE e IL, num debate em que Mariana Mortágua acusou os liberais de quererem “dar cheques ao privado” e Rui Rocha corresponsabilizou os bloquistas pelos erros atribuídos à governação socialista.

O debate eleitoral, transmitido pela CNN, opôs o presidente da IL, Rui Rocha, à coordenadora do BE, Mariana Mortágua, e deixou claras as diferenças entre as propostas dos dois partidos, que não estiveram em acordo sobre nenhum dos assuntos levados à discussão e trocaram acusações sobre os resultados negativos que as suas medidas trariam ao país.

Rui Rocha recordou o apoio do BE ao PS durante o período da geringonça para acusar o partido de Mariana Mortágua de ser “corresponsável deste caminho que foi feito” e avisou os portugueses que, “com o BE, aquilo que aconteceu até hoje continuará a acontecer” agora “apoiando Pedro Nuno Santos”, o novo líder socialista.

“É preciso mudar o país. Olhamos para o programa do Bloco de Esquerda e não encontramos lá nada sobre crescimento”, acusou o liberal, ouvindo de imediato um “encontra, encontra” de Mortágua.

Já a líder bloquista afirmou que a IL “tudo o que diz ao país é que quer dar cheques ao privado”.

“Eu quero um país em que os jovens queiram viver porque têm salários, em que sabem que a vida não é uma competição permanente”, defendeu, considerando que aquilo que o mercado dos liberais “deixou em Portugal foi uma economia de baixos salários”.

A habitação foi um dos temas em que o tom do debate subiu, com Rui Rocha a criticar a abordagem do BE de que o problema está nos não residentes e a considerar que as medidas e políticas dos bloquistas “nesta matéria são inviáveis”, para além de dizer que não percebe as contas que foram feitas pelo partido de Mortágua.

Na resposta, a líder do BE defendeu que “o mercado a funcionar” trouxe um “salário que não paga uma casa” e acusou a IL de querer “mais do mesmo”, considerando que não há nenhuma regra que impeça as construtoras de construírem casas e que isso só não acontece porque estas empresas encontraram formas mais rentáveis, como o luxo, sendo isto “o mercado da IL a funcionar”.

LUSA/HN

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