“Não desviamos recursos do SNS para o setor privado. Os recursos públicos são para serem investidos nos nossos hospitais e nos nossos centros de saúde”, disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas em castro Verde, distrito de Beja.
O candidato do PS falava durante uma ação de campanha no centro de saúde e serviço de urgência básico de Castro Verde (Beja), cujos edifícios vão ser reabilitados, num investimento de 2,1 milhões de euros financiado na íntegra pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“A saúde do nosso povo é muito importante e as pessoas desta região [Baixo Alentejo] sabem bem que só contam com o SNS. É por isso que temos de continuar a investir no SNS em todo o país”, disse.
Pedro Nuno Santos afirmou que o PS continua a manter uma “relação de confiança” com os pensionistas, ao contrário do PSD, que acusou de “insistir numa mentira” nesta matéria.
Aludindo à entrevista de hoje do presidente da Iniciativa Liberal ao jornal ‘online’ Observador, na qual Rui Rocha disse que o PSD “não tem a coragem necessária para a reforma das pensões”, Pedro Nuno Santos argumentou que “uma parte muito importante da direita portuguesa” defende “a privatização parcial do sistema público de pensões”.
“Esse é o desafio que a IL está a fazer ao PSD e esse é outro tema em que o PSD continua a insistir numa mentira: a mentira de que houve um corte nas pensões, quando todos os pensionistas sabem que nestes oito anos de governação socialista não só não houve cortes, como houve aumentos”, frisou.
Por isso, continuou, enquanto o PS vai “continuar a manter esta relação de confiança” com os pensionistas, o líder do PSD, Luís Montenegro, “tem primeiro de se reconciliar com a verdade, antes de se reconciliar com os pensionistas”.
O líder do Partido Socialista esteve em pré-campanha para as eleições legislativas de 10 de março no Baixo Alentejo, passando por Beja, Castro Verde e Almodôvar.
Numa região de forte pendor agrícola, Pedro Nuno Santos defendeu ser “evidente que toda a área da agroindústria e da agricultura é fundamental para o desenvolvimento da economia portuguesa”.
“Nunca na vida o desenvolvimento de Portugal e das regiões se fará sem um forte investimento na agricultura. A agricultura e a agroindústria têm um potencial transformador da economia brutal”, concluiu.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 08 de março.
LUSA/HN
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