ULS precisam de meios para contratar psicólogos face à “enorme carência”

18 de Abril 2024

A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) alertou hoje para a urgência das Unidades Locais de Saúde (ULS) disporem dos meios necessários para contratarem mais profissionais, alegando a “enorme carência” verificada em diversas regiões do país.

“Em vários pontos do país foram relatadas impossibilidades na contratação de psicólogos e de outros profissionais que as ULS necessitam com urgência. Há enormes carências”, salientou o bastonário, citado num comunicado divulgado pela OPP.

Francisco Miranda Rodrigues reuniu-se, esta semana, com os coordenadores dos serviços de psicologia das ULS do norte e do sul do país e está agendada para o próximo mês uma outra reunião com os responsáveis das ULS da região centro.

Segundo a ordem, é necessário que as ULS, que integram os hospitais e os centros de saúde sob uma única gestão, tenham os meios para contratar psicólogos e outros profissionais o “mais depressa possível”.

“Estava previsto que, num curto espaço de tempo, fossem contratados mais de 100 psicólogos”, adiantou Francisco Miranda Rodrigues, ao alertar que, para que isso aconteça, “é necessário que sejam dadas condições às ULS para que possam contratar”.

“Sem um quadro de referência aprovado, a direção-executiva do SNS não pode avançar com o trabalho em curso, pois continua sem autonomia necessária”, referiu o bastonário, para quem, depois do trabalho feito durante o último ano de eliminação de burocracias que impediam contratações céleres, não deve ser atrasada a contratação de psicólogos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, mais especificamente, para os centros de saúde.

Segundo dados da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgados no final de 2023, as dotações de recursos humanos afetos a cuidados de saúde mental nos hospitais do SNS cresceram de 2013 para 2022 nos três tipos de profissionais de saúde considerados.

O rácio de médicos quase triplicou (mais 196%), o de psicólogos cresceu 71% e o de enfermeiros aumentou 90% em Portugal continental.

LUSA/HN

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