As autoridades do Burundi foram alertadas, em 22 de julho, para três “casos suspeitos” em dois hospitais de Kamenge, um bairro popular da capital económica Bujumbura, e no bairro de Isare, limítrofe da cidade, indicou o ministério em comunicado.
“As três amostras deram positivo para o vírus da varíola dos macacos”, disse.
Os doentes estão a ser tratados, com uma boa progressão, e os seus casos de contacto já foram assinalados e estão a ter acompanhamento.
Em 11 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a ameaça que a doença representa para a saúde mundial, manifestando a sua preocupação com um surto de uma nova estirpe do vírus, mais mortal, na República Democrática do Congo (RDCongo), que faz fronteira com o Burundi.
Esta epidemia “não dá sinais de abrandamento”, declarou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
De acordo com a OMS, foram registados, na altura, 11.000 casos, incluindo 445 mortes, sendo as crianças as mais afetadas.
“Existe o risco de o vírus atravessar as fronteiras e continuar a circular”, afirmou a especialista da OMS, Rosamund Lewis.
O Mpox foi descoberto pela primeira vez em humanos em 1970 no que é hoje a RDCongo, com a propagação do subtipo Clade I, que desde então tem sido confinado principalmente a países da África Ocidental e Central, onde os pacientes são geralmente infetados por animais que possuem o vírus.
No entanto, em maio de 2022, ocorreram infeções pelo vírus Mpox em todo o mundo, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais. O subtipo responsável foi o Clade II.
Desde setembro de 2023, uma nova estirpe do Clade, ainda mais mortal, tem vindo a espalhar-se na RDCongo. Os testes revelaram que se trata de uma nova variante, resultado de uma mutação do Clade I, denominada Clade Ib.
LUSA/HN
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