“Vamos antecipar a mudança do Serviço de Urgência de Ginecologia, até às 22 semanas de gravidez, que tem funcionado em instalações que têm pouco de bem-estar, seja para a mulher, as nossas utentes, familiares, seja para os nossos profissionais”, disse à agência Lusa o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde Santa Maria (ULSSM), Carlos Martins.
A Urgência Metropolitana de Ginecologia e a urgência de Obstetrícia para grávidas até 22 semanas de gestação funcionou sempre, sem interrupções, no Hospital de Santa Maria durante todo o processo de obras para construção do novo Bloco de Partos – Maternidade Luís Mendes da Graça, iniciadas no último trimestre de 2023.
Segundo dados da ULSS, no primeiro semestre de 2024 a Urgência Metropolitana no Hospital de Santa Maria atendeu mais de 600 episódios de urgência na área da Ginecologia e cerca de 200 grávidas até às 22 semanas de gestação.
Carlos Martins explicou à Lusa que vão aproveitar o facto de as instalações da nova urgência já estarem operacionais para transferir para o piso 2 (piso térreo) a valência de Ginecologia, dando início à abertura faseada da Maternidade Luís Mendes da Graça, que abrirá no dia 01 de setembro.
Disse também estar a trabalhar no sentido de antecipar a abertura da valência da obstetrícia antes do dia 01 de setembro e de uma nova unidade de ecocardiografia de Ginecologia e Obstetrícia.
“Conforme sempre afirmamos, a 01 de Setembro estaríamos a abrir toda esta área nova remodelada do piso 2 e também antecipamos a abertura de uma nova unidade de ecocardiografia de Ginecologia obstetrícia no piso 6. Ou seja, teremos também a meio do mês de agosto, a partir do dia 13, esta nova unidade completamente remodelada ao serviço das nossas utentes e dos nossos profissionais”, avançou Carlos Martins.
Segundo o presidente da ULSSM, trata-se de uma “abertura faseada” do investimento que foi feito ao longo de um ano: “Em vez de abrirmos tudo no dia 01 de setembro (…) estamos a antecipar abertura de espaços por forma a darmos melhores condições de trabalho e, logo, melhores condições de atendimento e contribuirmos também para uma melhor prestação em rede, neste caso na área da ginecologia, e posteriormente na área da obstetrícia”.
Os profissionais de saúde vão passar a ter “condições fantásticas de trabalho” para atender as grávidas até às 22 semanas de gestação, comentou, ressalvando que os profissionais têm estado sempre a trabalhar só que “em condições deficientes” do ponto de vista da comodidade e das condições de trabalho, mas “sempre sem qualquer risco e com segurança da mulher”.
“Temos estado a trabalhar em condições provisórias devido às obras que têm decorrido (…) em vários pisos. Isto traz sempre constrangimentos e agora vamos começar a utilizar o que já está em condições operacionais para darmos uma melhor resposta”, salientou.
Segundo a ULSS, as obras para construção da nova maternidade do Hospital de Santa Maria têm decorrido dentro do prazo contratual previsto, mantendo-se o planeamento anunciado publicamente para abertura dos seus serviços.
O investimento global de seis milhões de euros permitiu remodelar a urgência de Obstetrícia e Ginecologia e construir 12 salas, dois blocos operatórios e uma sala de observações na nova maternidade, num total de cerca de mil metros quadrados de área nova a ser construída.
LUSA/HN
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