Num comunicado divulgado na conta da instituição na rede social Facebook, a Câmara Municipal do Seixal adianta que a situação torna também difícil o trabalho das forças humanitárias que, “numa situação de emergência, ainda têm que perceber a que unidades podem recorrer”.
“A falta de profissionais de saúde qualificados e de investimento no Serviço Nacional de Saúde é gritante, negando o acesso à saúde da população. A estratégia deste e de anteriores governos tem sido de delapidar paulatinamente os serviços prestados no Serviço Nacional de Saúde até que este chegue a um ponto de insuficiência e rutura, provocar insatisfação junto de quem dele mais precisa, transferir competências para o setor privado e argumentar que o setor público de saúde é ingerível e já não serve a população”, lê-se no comunicado do município.
A Câmara Municipal do Seixal refere ainda que o Serviço Nacional de Saúde precisa de profissionais em quantidade e qualidade e com melhores condições de trabalho assim como de infraestruturas e equipamentos de qualidade que possam dar resposta às necessidades de todos os cidadãos, independentemente da sua condição socioeconómica.
Segundo as escalas de urgência publicadas no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), às 15:15 de hoje, está previsto na região de Lisboa e Vale do Tejo o encerramento no sábado de três serviços de urgência destas especialidades e no domingo de quatro.
No sábado estarão fechadas as urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais São Bernardo, em Setúbal, Hospital Vila Franca de Xira (no distrito de Lisboa) e Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro (Setúbal), aos quais se junta no domingo o hospital das Caldas da Rainha (Leiria).
Nos hospitais Santa Maria, em Lisboa, e no Hospital Garcia de Orta, em Almada, serão recebidos apenas os casos encaminhados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).
De acordo com os Censos de 2021, os nove concelhos da Península de Setúbal (Almada, Setúbal, Seixal, Sesimbra, Palmela, Montijo, Moita, Barreiro e Alcochete), servidos pelo Garcia de Orta, em Almada, Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, e São Bernardo, em Setúbal, têm 808.689 residentes.
LUSA/HN
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