Segundo o STEPH, a lista contempla 407 candidatos admitidos – para 200 vagas – e exclui 419, um resultado que faz com que o sindicato vá solicitar ainda hoje uma audiência com caráter de urgência à ministra da Saúde.
“O número é ainda inferior ao dos últimos concursos, o que nos leva a recear que nem os 25% de técnicos contratados que os anteriores atingiram se efetivem neste”, disse à Lusa o presidente do sindicato, Rui Lázaro.
O responsável sublinhou que os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) “são a maior massa humana do INEM, presentes nos meios de emergência médica e os únicos a garantir o atendimento e triagem das chamadas de emergência”.
Os 407 candidatos admitidos a concurso terão agora que passar por diversas fases, que contemplam a prova de conhecimentos, a avaliação curricular, a prova de condução base, a avaliação psicológica, provas físicas e o curso de condução defensiva. A seguir, segue-se a formação, que também pode excluir candidatos.
“Faltam neste momento mais de 800 TEPH no INEM, mais de metade dos profissionais que deviam completar o seu quadro de pessoal”, afirmou Rui Lázaro, considerando que “o número tão reduzido de candidatos não vai permitir colmatar sequer os técnicos que se despedem todos os meses”.
A consequência direta “será o aumento da demora no atendimento das chamadas de emergência bem como mais meios encerrados por falta de profissionais”, sublinhou.
O sindicato considera que a única forma de reverter esta situação será o Ministério da Saúde “aceitar de uma vez por todas” as propostas destes profissionais, desde logo avançando com a revisão da carreira especial de TEPH, “bem como promover a necessária revisão salarial”.
“Ter profissionais de saúde, numa atividade tão exigente como a emergência médica, cuja ação é determinante na vida dos portugueses, a auferir um salário próximo do salário mínimo nacional, afasta os profissionais do INEM e eventuais candidatos a concurso”, considerou o responsável, acrescentando: “No momento em que se celebram 45 anos do SNS, esperemos que finalmente o Ministério da Saúde assuma as medidas necessárias para salvar os TEPH, o INEM e a emergência médica em Portugal”.
LUSA/HN
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