Sindicato preocupado com concurso de técnicos de emergência pré-hospitalar

16 de Setembro 2024

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) disse hoje acompanhar “com muita preocupação” a lista de candidatos admitidos a concurso e teme que não se atinjam sequer os 25% de profissionais contratados nos anteriores concursos.

Segundo o STEPH, a lista contempla 407 candidatos admitidos – para 200 vagas – e exclui 419, um resultado que faz com que o sindicato vá solicitar ainda hoje uma audiência com caráter de urgência à ministra da Saúde.

“O número é ainda inferior ao dos últimos concursos, o que nos leva a recear que nem os 25% de técnicos contratados que os anteriores atingiram se efetivem neste”, disse à Lusa o presidente do sindicato, Rui Lázaro.

O responsável sublinhou que os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) “são a maior massa humana do INEM, presentes nos meios de emergência médica e os únicos a garantir o atendimento e triagem das chamadas de emergência”.

Os 407 candidatos admitidos a concurso terão agora que passar por diversas fases, que contemplam a prova de conhecimentos, a avaliação curricular, a prova de condução base, a avaliação psicológica, provas físicas e o curso de condução defensiva. A seguir, segue-se a formação, que também pode excluir candidatos.

“Faltam neste momento mais de 800 TEPH no INEM, mais de metade dos profissionais que deviam completar o seu quadro de pessoal”, afirmou Rui Lázaro, considerando que “o número tão reduzido de candidatos não vai permitir colmatar sequer os técnicos que se despedem todos os meses”.

A consequência direta “será o aumento da demora no atendimento das chamadas de emergência bem como mais meios encerrados por falta de profissionais”, sublinhou.

O sindicato considera que a única forma de reverter esta situação será o Ministério da Saúde “aceitar de uma vez por todas” as propostas destes profissionais, desde logo avançando com a revisão da carreira especial de TEPH, “bem como promover a necessária revisão salarial”.

“Ter profissionais de saúde, numa atividade tão exigente como a emergência médica, cuja ação é determinante na vida dos portugueses, a auferir um salário próximo do salário mínimo nacional, afasta os profissionais do INEM e eventuais candidatos a concurso”, considerou o responsável, acrescentando: “No momento em que se celebram 45 anos do SNS, esperemos que finalmente o Ministério da Saúde assuma as medidas necessárias para salvar os TEPH, o INEM e a emergência médica em Portugal”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Pai e filha morrem em acidente de viação em Angola

Dois cidadãos portugueses – pai e filha – morreram hoje num acidente de viação na estrada de Sumbe para Luanda, em Angola, de que também resultaram dois feridos, avançou à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Recurso de Salgado por Alzheimer recusado no TC

O Tribunal Constitucional rejeitou apreciar o recurso de Ricardo Salgado, que alegava inconstitucionalidade na condenação a oito anos de prisão devido ao diagnóstico de Alzheimer, mantendo a decisão da Operação Marquês e agravando as custas.

Fecundidade em Angola caiu e mulheres têm em média 4,8 filhos

A taxa de fecundidade em Angola caiu de 6,2 para 4,8 filhos por mulher em oito anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano hoje divulgados. Entre 2015-2016 e 2023-2024, a fecundidade diminuiu em Angola de 6,2 para 4,8 filhos por mulher, segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2023-2024, tornado hoje público pelo INE.

Novo modelo agiliza controlo da dor severa no Alto Ave

A Unidade Local de Saúde do Alto Ave criou a Via Verde da Dor Aguda, um projeto inovador que integra resposta hospitalar e domiciliária para doentes com dor mal controlada, promovendo conforto, segurança e qualidade de vida.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights