Número de infetados com bactéria no McDonald’s nos Estados Unidos sobe para 75

26 de Outubro 2024

O número de pessoas infetadas com a bactéria Escherichia coli depois de comerem no McDonald's continua a crescer nos Estados Unidos, atingindo agora os 75 doentes, incluindo uma pessoa morta, anunciaram hoje as autoridades de saúde norte-americanas.

Pelo menos 22 pessoas foram hospitalizadas e 13 Estados foram, até agora, afetados, disse a Agência de Medicamentos dos Estados Unidos (FDA). Duas pessoas desenvolveram síndrome hemolítico urémico, que pode causar insuficiência renal grave.

Dos 42 doentes inquiridos, todos afirmaram ter comido no McDonald’s e 39 afirmaram ter comido um hambúrguer.

A FDA está a “utilizar todas as ferramentas disponíveis para confirmar se as cebolas são a fonte do surto”, afirmou em comunicado.

A investigação está em curso, mas “a Taylor Farms, fornecedora de cebolas em rodelas aos restaurantes McDonald’s afetados, iniciou uma recolha voluntária”, disse a agência. Este fornecedor tem ainda outros clientes, que foram notificados, acrescentou.

Nenhum caso foi reportado à FDA fora dos Estados Unidos.

No início desta semana, as autoridades reportaram inicialmente 49 doentes.

Um hambúrguer específico, chamado “Quarter Pounder”, nos Estados Unidos, é o foco atenção das autoridades.

A McDonald’s anunciou na terça-feira que iria remover cebolas em rodelas de restaurantes nas áreas afetadas, bem como os Quarter Pounders “como medida preventiva”.

Pelo menos duas queixas já foram apresentadas em nome de pessoas que adoeceram, disse à AFP o advogado que as defende, Ron Simon. Para cada um, é reclamada uma quantia de, pelo menos, 50.000 dólares.

“O surto de E. coli no McDonald’s será um dos maiores surtos de intoxicação alimentar deste ano”, disse Ron Simon, que representa 25 pessoas no total. “Através desta e de outras ações legais, vamos garantir que todas as vítimas são devidamente indemnizadas”, afirmou.

A bactéria E. coli provoca cólicas estomacais, diarreia e vómitos, que geralmente duram três a quatro dias. A maioria das pessoas recupera sem tratamento, mas algumas podem desenvolver complicações.

LUSA/HN

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