Moçambique lança projeto de digitalização de hospitais para reduzir custos

2 de Dezembro 2024

O ministro da Saúde moçambicano lançou hoje, em Maputo, o projeto de digitalização das unidades hospitalares de Moçambique que visa reduzir custos com a impressão de processos clínicos e melhorar o atendimento ao paciente.

“O uso de um sistema digital permitirá reduzir os custos com a impressão de processos clínicos, blocos de receita, instrumentos de recolha de dados, entre outros. Permite reduzir a duplicação de exames médicos que, para além de criar custos desnecessários, aumenta a morosidade na assistência médica”, disse Armindo Tiago, durante o lançamento do projeto no Hospital Geral de Mavalane, em Maputo, onde já está a ser implementado em fase piloto.

O “Projeto de Digitalização das Unidades Sanitárias” visa reduzir as limitações impostas pelo uso do papel nos registos médicos, minimizando, assim, os riscos de perda de informações, duplicação de procedimentos e atrasos nos serviços, indica o Ministério da Saúde.

Além da redução de custos, Armindo Tiago apontou ainda a melhoria no atendimento ao paciente, gestão baseada em informação, eficiência nos serviços e na gestão de ‘stocks’ como os principais benefícios do projeto de digitalização, que deverá também permitir o acesso à informação em tempo real.

“Queremos eliminar as limitações físicas dos arquivos em papel, promovendo uma gestão integrada e mais segura. Assim sendo, o risco de perda de processos e a duplicação de tratamentos comuns nos registos manuais serão drasticamente reduzidos, permitindo que os profissionais de saúde se concentrem no que realmente importa: prestar um atendimento médico de qualidade à população”,

Para o ministro da Saúde moçambicano, o lançamento do projeto representa ainda um “passo significativo” para o futuro da saúde em Moçambique, no qual a tecnologia e a humanidade se unem para “proporcionar um cuidado mais eficiente, acessível e de alta qualidade”.

“A digitalização do sistema de informação em saúde vai muito mais além do que a simples recolha de dados. Trata-se de uma transformação que torna as informações em saúde acessíveis, seguras e úteis para os diferentes níveis de atendimento em saúde”, destacou Tiago.

O país tem um total de 1.778 unidades de saúde, 107 das quais são postos de saúde, três são hospitais especializados, quatro hospitais centrais, sete são gerais, sete provinciais, 22 rurais e 47 distritais, segundo dados do Ministério da Saúde consultados pela Lusa.

LUSA/HN

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