Centro Hospitalar do Porto reitera que creche para filhos de trabalhadores vai avançar

6 de Dezembro 2024

O Centro Hospitalar Santo António, no Porto, adiantou hoje estar a estudar o enquadramento legal de “algumas especificidades de construção” com vista à instalação da creche para os filhos dos profissionais, reiterando a intenção de avançar com o projeto.

“O projeto irá avançar e nesta fase estamos a estudar o enquadramento legal de algumas especificidades de construção”, revelou aquela unidade hospitalar em resposta à Lusa.

Em maio, o CHUdSA – Centro Hospitalar Universitário de Santo António indicou, à Lusa, que o lançamento do concurso público para a instalação daquele equipamento, carecia “de autorização do [novo] Governo [que havia tomado posse em 02 de abril]”, adiantando que iria ter uma reunião com o ministério “para ser exposto este tema”.

À data, o centro hospitalar assinalou que a legislação sobre creches tinha sido foi alterada recentemente, tendo-se tornado “ainda mais complexa”, pelo que teriam até de analisar se a área em causa poderia ser convertida para tal.

O projeto de 2008, cuja obra – orçada em 60 milhões de euros – recebeu incentivos comunitários, contemplava a construção de um novo edifício, a reconstrução do edifício da antiga Maternidade Júlio Dinis, atual Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN), e a construção de um parque de estacionamento subterrâneo sobre o qual foi edificado um pequeno edifício que iria albergar uma creche.

Mais de 15 anos depois, a creche, que já foi autorizada pela Segurança social há vários anos, continua por concretizar.

Durante o período pandémico, “por razões operacionais”, as instalações destinadas àquele equipamento foram também utilizadas para outros fins, nomeadamente enquanto decorriam obras em outros serviços, como foi o caso do serviço de Imuno-hemoterapia, que ocupou o espaço mais de ano.

Em novembro de 2023, o centro hospitalar garantiu que ia retomar o projeto da creche após a conclusão da transferência e certificação do serviço de imuno-hemoterapia, escusando-se, contudo, a avançar com qualquer data para o lançamento do concurso público.

Nesse mesmo ano, mas em março, em resposta à Lusa, o CHUdSA tinha já indicado que o concurso público para a instalação de uma creche para os filhos dos profissionais seria lançado logo que estivessem livres as instalações ocupadas pelo serviço de Hematologia e Imuno-hemoterapia.

A garantia de que o projeto irá ser retomado tem vindo a ser reiterada desde março de 2022, mas sempre sem indicação de quando vai avançar.

Ouvida então pela Lusa, a presidente da Casa do Pessoal, Teresa Marques, salientava que a concretização desta infraestrutura, cujas instalações existem e contêm já algum equipamento, permitirá aos profissionais de saúde daquele centro hospitalar conciliar a vida privada com a vida profissional.

Já Noémia Loios, médica de medicina no trabalho daquela unidade de saúde, e membro da Casa do Pessoal, alertava que a não-conciliação desde dois domínios traduz-se muitas vezes em absentismo, como são exemplo as baixas por assistência à família, desmotivação profissional e dificuldades de gestão de escalas e serviços.

LUSA/HN

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