“O ministro da Defesa fez questão de garantir que iria assumir o compromisso de grande maioria das reivindicações estar cumprida no primeiro trimestre de 2025”, adiantou à Lusa o secretário-geral do SIM, depois de se ter reunido na terça-feira com Nuno Melo.
O sindicato reivindica a aplicação do regime de dedicação plena aos médicos civis das Forças Armadas, assim como a regularização das progressões na carreira, incluindo a passagem automática para assistente graduado com a aquisição do grau de consultor.
Além disso, pretende que seja aberto o primeiro concurso em mais de 20 anos para a categoria de assistente graduado sénior, a inclusão dos médicos civis nos programas de recuperação de listas de espera do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e condições remuneratórias equivalentes às do SNS, incluindo do trabalho suplementar.
A reunião com o ministro da Defesa decorreu depois de o SIM ter realizado encontros de esclarecimento nos polos de Lisboa e Porto do Hospital das Forças Armadas, onde trabalham mais de 80 médicos civis, e de ter admitido avançar para a greve, caso as suas reivindicações não fossem acolhidas pelo Governo.
Segundo Nuno Rodrigues, tratou-se de uma “reunião positiva”, na qual foi afirmado o compromisso do ministro de que “tudo está a fazer para apresentar resultados”, um processo que não implica a abertura formal de uma negociação.
“Não está aberto nenhum processo negocial e não há um compromisso entre as partes”, adiantou o secretário-geral do SIM, para quem em causa está sim a “palavra do ministro” sobre os compromissos assumidos, cuja concretização será avaliada no final do primeiro trimestre do próximo ano.
“Vamos aguardar que a palavra do senhor ministro se concretize em ações concretas”, referiu Nuno Rodrigues, ao adiantar que, perante o resultado da reunião, não está em cima da mesa a possibilidade de os médicos civis das Forças Armadas avançarem para a greve.
LUSA/HN
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