A marca de fraldas nacional Nunex, numa resposta à Lusa, reconhece que a descida da taxa de natalidade levou a uma queda no volume de vendas das fraldas para bebés a nível nacional, mas ressalva que a descida não foi muito significativa no caso da empresa.
Até porque, paralelamente, muitas famílias aumentaram a substituição de produtos para bebés por produtos para animais de estimação e, apesar de diminuirem as vendas de produtos de puericultura, a Nunex aumentou a venda de artigos como resguardos para animais, que atualmente são parte importante da oferta da empresa.
A descida nas vendas de fraldas de bebé acabou por não ser significativa para a empresa também devido ao aumento da imigração, adianta, uma vez que atualmente 18% dos nascimentos anuais no país são de pais imigrantes.
Nas lojas de norte a sul do país, nas ilhas e na loja online, o hipermercado Continente disponibiliza também marcas de fraldas para adulto cujo volume total de vendas aumentou 8,6% nos últimos três anos.
Já nas fraldas para bebé, comparando os dados do ano 2024, o Continente registou um crescimento de 11% no volume de vendas, e historicamente janeiro é o mês que mais vende fraldas para bebé.
Na Unidade Local de Saúde (ULS) São José, que integra a Maternidade Alfredo da Costa e o Hospital Dona Estefânia, o consumo de fraldas para bebé tem-se mantido quase estável, de 966.045 unidades em 2014 para 1.042.745 unidades em 2019 e de pouco mais de 800 mil em 2023 e em 2024, segundo dados facultados à Lusa.
Mas o consumo de fraldas para adultos na ULS de São José tem crescido mais e envolve mais quantidade, tendo subido de 1,9 milhões de fraldas consumidas em 2014 para 2,5 milhões em 2019 e 2,2 milhões em 2023 e em 2024 (até novembro).
Em 2023 o envelhecimento demográfico acentuou-se em Portugal, com o índice de envelhecimento do Instituto Nacional de Estatística (INE) – que compara a população com 65 e mais anos (população idosa) com a população dos 0 aos 14 anos (população jovem) – num valor de 188,1 idosos por cada 100 jovens (184,4 em 2022), quase o dobro dos idosos face aos jovens.
O envelhecimento é frequentemente acompanhado por desafios de saúde que afetam homens e mulheres, sendo a incontinência urinária um dos mais comuns.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS), desde 01 de janeiro, disponibiliza nos centros de saúde fraldas, cuecas e pensos de incontinência gratuitos para as pessoas que tenham 60% ou mais de incapacidade e insuficiência económica, mediante apresentação de prescrição médica.
A medida aplica-se a todas as idades, desde que cumpridos os requisitos de 60%, ou mais, de incapacidade e registo de insuficiência económica no centro de saúde, segundo o ministério da Saúde.
lusa/HN
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