Madeira sinalizou em janeiro dois casos de dengue em residentes

19 de Fevereiro 2025

Duas pessoas residentes na Madeira foram sinalizadas com dengue no início de janeiro, encontrando-se agora fora do período de infecciosidade, informou a Secretária Regional de Saúde e Proteção Civil, sublinhando que não estão identificados outros casos suspeitos.

Em comunicado, a autoridade regional revelou na noite de terça-feira que os dois casos autóctones de dengue foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e referem-se a residentes na zona onde se localiza a armadilha que capturou mosquitos infetados na terceira semana de janeiro, no Funchal.

“A investigação epidemiológica, da responsabilidade da ASR (Autoridade de Saúde Regional), confirma que estes casos tiveram sintomatologia compatível com dengue no início de janeiro, encontrando-se fora do período de infecciosidade, pelo que já não constituem risco para o surgimento de novos mosquitos infetados”, referiu o comunicado.

A Secretaria da Saúde e Proteção Civil adiantou que, “neste momento, não estão identificados outros casos suspeitos de dengue” na região, vincando que a Direção Regional de Saúde e a Autoridade de Saúde Regional reforçaram as atividades de vigilância epidemiológica e entomológica e as ações de controlo.

“À data, não se identificou a presença de vírus dengue nos mosquitos capturados a partir do dia 27 de janeiro de 2025, conforme resultados analíticos do INSA”, esclareceu.

Em 08 de fevereiro, a Secretaria da Saúde e Proteção Civil anunciou que o vírus da dengue tinha sido detetado em mosquitos Aedes Aegypti numa armadilha de monitorização localizada no Funchal, mas à data não tinha ainda conhecimento de casos suspeitos nem confirmados de dengue em humanos na Madeira.

A dengue é uma é uma doença provocada por um vírus que se hospeda no organismo humano através da picada de um mosquito do género Aedes, sendo os sintomas mais comuns febre, dor de cabeça, dor muscular e articular, dor em redor ou atrás dos olhos, vómitos, manchas vermelhas na pele e hemorragias.

A Madeira registou um surto da doença entre 2012 e 2013, com 1.080 casos confirmados de infeção, a maioria no concelho do Funchal, o que não ocorria em países da União Europeia desde 1920.

O surto não provocou mortes, nem foram reportadas formas severas da infeção.

Considerando que o combate ao mosquito Aedes Aegypti é determinante para a prevenção das doenças transmitidas por este vetor, as autoridades de saúde apelam à população para eliminar criadouros de mosquitos, nomeadamente os pequenos reservatórios de água, e prevenir picadas com recurso a repelentes e uso de peças de vestuário compridas.

LUSA/HN

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