Programa para recuperar cirurgias não oncológicas permitiu operar 400 doentes

21 de Março 2025

O plano para recuperação de cirurgias não oncológicas permitiu operar cerca de 400 doentes, reduzindo em 5% o número de utentes que estavam fora do tempo médio de resposta garantido (TMRG), anunciou hoje o Ministério da Saúde.

“Ao abrigo deste programa, já foram operados cerca de 400 doentes, contribuindo para uma redução do número de doentes fora dos TMRG em 5% e para um aumento de 2% no número total de cirurgias realizadas”, adiantou à Lusa o gabinete da ministra Ana Paula Martins.

O Plano de Curto Prazo de Melhoria do Acesso a Cirurgia Não Oncológica (PCPMACNO), uma das medidas que constam do Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS), aprovado pelo Governo em maio, pretende reduzir a lista de inscritos acima do TMRG.

De acordo com o ministério, este programa “impulsionou significativamente a recuperação da atividade assistencial” dos utentes inscritos em lista de espera cirúrgica não oncológica fora dos TMRG, aumentando a capacidade de resposta cirúrgica.

Os dados disponibilizados à Lusa indicam que, em 2024, foram operados mais 72.315 (10,1%) doentes não oncológicos do que em 2023, mas o Governo salientou que a lista é dinâmica, com a constante entrada de novos doentes.

Em 2024, entraram para a lista de inscritos em cirurgia (LIC) não oncológica mais 55.094 (6,5%) doentes do que em 2023, adiantou ainda o ministério.

Em relação às cirurgias oncológicas, que mereceu um programa específico no PETS, os dados do Governo indicam que, em 2024, foram operados mais 9.441 (13,8%) doentes oncológicos do que em 2023.

No último ano, entraram para a lista de inscritos em cirurgia oncológica mais 9.190 (12%) doentes do que em 2023, refere também o ministério, adiantando que, em 2024, existiam 19,4% doentes oncológicos fora TMRG, quando em 2023 eram 27,9%.

“Só este ano de 2025 e até 19 de março, já foram operados 184.492 doentes não oncológicos e 19.053 oncológicos”, avançou a mesma fonte.

Os dados referem ainda que, de abril de 2024 a janeiro deste ano, verificaram-se mais 160.042 novos utentes inscritos nos cuidados de saúde primários e que foi atribuído médico de família a mais 161.121 pessoas.

O total de utentes com médico de família passou, nesse período, de 8.775.694 para 8.936.815, apontou o ministério, ao adiantar que, em janeiro, aposentaram-se 13 especialistas de medicina geral e familiar, que corresponde no mínimo a 20.150 utentes que perdem médico de família.

lusa/HN

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