Risco de mortalidade materna em Portugal manteve-se estável entre 2000 e 2023

7 de Abril 2025

Portugal é um dos nove países do mundo onde o risco de mortalidade materna não diminuiu entre 2000 e 2023, tendo-se mantido estável, estima a Organização Mundial da Saúde, destacando uma redução global noutros 35 países superior a 70%.

“A taxa de mortalidade materna [TMM, número de mortes maternas por 100.000 nados vivos] diminuiu em todos os países entre 2000 e 2023, exceto em nove países, onde se manteve estável: Botswana, Canadá, Chipre, República Dominicana, Gabão, Grécia, Portugal, EUA[Estados Unidos] e Venezuela”, indica o relatório “Tendências na Mortalidade Materna 2000-2023” hoje divulgado.

O documento elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com outras agências da ONU refere que, em 2000, Portugal assinalava uma estimativa pontual de nove mortes maternas por 100.000 nados vivos, enquanto em 2023 verificava uma tendência de 15 óbitos.

O relatório, que analisou dados de 01 de janeiro de 2000 até 31 de dezembro de 2023, indica que a redução geral da taxa de mortes maternas foi superior a 70% em 35 países, sendo que a maior alteração foi observada na Bielorrússia com uma melhoria de 94,6%, seguido do Butão com 85,3% e Cazaquistão com 83,5%.

Nesse período de análise, o risco de mortalidade materna também diminuiu em todas regiões.

A região da Ásia Central e Meridional alcançou a maior redução percentual global da taxa de mortalidade (72,9%), de 397 mortes maternas por 100.000 nados-vivos em 2000 para 112 em 2023.

Noutras regiões, o risco de óbito desceu 58% na Austrália e Nova Zelândia, 52% no Norte de África e na Ásia Ocidental, 45,1% no Leste e Sudeste Asiático, 39,6% na África Subsariana, 38,2% na Oceânia (excluindo Austrália e Nova Zelândia) e 35,1% na Europa e América do Norte.

A América Latina e as Caraíbas registaram a menor redução durante este período (16,8%).

O relatório “Tendências na Mortalidade Materna 2000-2023” é divulgado no Dia Mundial da Saúde e fornece estimativas globais, regionais e nacionais para as mortes maternas.

lusa/HN

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