Doze medidas de Saúde para qualquer novo governo:

04/23/2025
Criar 10 Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) em cada ULS até final de 2026. Para replicar a nível hospitalar o modelo de auto-organização das USF, permitindo melhorar retribuição e aumentar […]

  1. Criar 10 Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) em cada ULS até final de 2026. Para replicar a nível hospitalar o modelo de auto-organização das USF, permitindo melhorar retribuição e aumentar flexibilidade com responsabilidade.
  2. Fundir a Direção Executiva do SNS com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), até final de 2025. Necessidade premente para colmatar os conflitos positivos e negativos de competências na nova orgânica do SNS.
  3. Criar Agências Regionais de Avaliação e Planeamento de Saúde (ARAPS) em cada CCDR, até final de 2026. Para obstar ao vazio criado pela extinção das ARS, integrando as funções de planeamento e avaliação nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
  4. Integrar a informação clínica gerada em cuidados de saúde primários no SNS24 a caminho do dossier clínico único e transversal, até fins de 2026. Alargar a experiência positiva do SNS 24 a todas as unidades de saúde públicas e privadas de CSP, integrando progressivamente a informação clínica do doente, da mais simples à mais complexa. Mais tarde a alargar aos cuidados hospitalares.
  5. Criar em dez maternidades públicas o acompanhamento da gravidez, parto e puerpério a cargo de enfermeiras especializadas em obstetrícia, sob monitorização médica, até final de 2026. Para acertar o passo já consagrado na maior parte dos países com que nos comparamos.
  6. Integrar as três maternidades da extinta ARSLVT situadas ao Sul do Tejo numa única sala de partos de serviço permanente, mantendo os serviços obstétricos regulares nos serviços de origem, até final de 2025. Resolvendo rápida e eficazmente a situação vergonhosa de completa instabilidade e imprevisibilidade a que estão submetidas as grávidas da região.
  7. Concluir o Hospital de Évora e a 1ª fase do Hospital Oriental de Lisboa, até ao final de 2026. Certamente será a medida mais fácil de executar por se encontrar devidamente programada.
  8. Transformar os CAC de Lisboa e Porto em grandes centros de diagnóstico, com fortes unidades de Medicina Física e Reabilitação, concessionados a operadores privados sem responsabilidades clínicas, selecionados por concurso público, até final de 2026. Aproveitar a ideia da concentração de CSP para equipar as duas maiores cidades com MCDT que tanta falta fazem, sobretudo a Medicina Física e de Reabilitação. Geridas por entidades cooperativas ou privadas sem atividade na área clínica para evitar a indução de procura desnecessária.
  9. Transferir todas as ERPI da tutela do MTSS para a do MS, com a correspondente dotação orçamental, indexada à progressão do salário mínimo mais inflação. Não faz sentido a atual separação de tutelas, tendo em conta a progressiva dominância dos cuidados de saúde na população institucionalizada devido à idade ou a dependências. Há que garantir o financiamento.
  10. Criar os 20 primeiros Centros de Acolhimento para Doentes Frequentes (CDF), com instalações a desenhar por arquitetos selecionados em concurso, financiados pelas autarquias concorrentes. Trata-se de centros de convívio onde os doentes frequentes se encontram (libertando os centros de saúde) e onde pessoal experiente os orientará ao longo do seu percurso quando necessitam de percorrer a rede de cuidados de saúde, para eles tantas vezes hostil.
  11. Criar consultas sobre Vida Saudável em todos os centros de saúde, praticando promoção da saúde em parceria com autarquias, escolas, associações, serviços públicos e empresas.
  12. Constituir em cada ULS um fundo alimentado pela receita das taxas moderadoras, destinado a financiar por concurso, projetos de promoção de vida saudável, desenhados por alunos e professores do ensino secundário da área de atração.

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

LEGISLATIVAS 2024

AD/Ana Paula Martins: “Recursos humanos na saúde é a principal preocupação da AD”

Com as Eleições Legislativas 2024 à porta, as promessas nos partidos florescem. Mas o que é que a Aliança Democrática (AD) propõe de diferente para o setor da Saúde? Foi esta e mais perguntas que o nosso jornal quis ver respondidas em entrevista à candidata número três por Lisboa. Em Exclusivo, Ana Paula Martins afirmou que a coligação PSD/CDS-PP e PPM quer resolver de vez o problema de recursos humanos na saúde, garantindo: “Não vamos reter ninguém. Somos completamente contra pactos de permanência”. Entre as diversas propostas da AD destaca-se a implementação de um Plano de Emergência SNS 2024-2025, um Plano de Motivação dos Profissionais de Saúde, a digitalização e reorganização de algumas áreas do sistema.

CHEGA/Pedro Frazão: “Queremos acabar com a Direção Executiva”

Conhecidos pela sua forte oposição às políticas de Saúde da esquerda, o CHEGA promete um novo paradigma na Saúde. No especial Legislativas 2024, o partido garantiu ao HealthNews que “o acesso à saúde será uma promessa cumprida” caso resultem vencedores nas próximas eleições. Pedro Frazão, o médico veterinário que volta a liderar a lista por Santarém, afirma que o CHEGA quer reverter algumas das reformas mais importantes do Serviço Nacional de Saúde. “Queremos alterar o Estatuto do SNS e revogar a previsão do diretor executivo”, sublinhou. 

IL/Joana Cordeiro: “A solução para a falta de médicos de família passa pela contratualização e criação de USF modelo C”

O acesso universal aos cuidados de saúde primários só pode ser conseguido com a contratualização com o setor privado e social, de acordo um dos partidos candidatos às Eleições Legislativas de 2024. Em entrevista ao HealthNews, Joana Cordeiro, cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) pelo Distrito de Setúbal, destacou algumas das propostas do partido no âmbito da Saúde. A IL, que recusa ter como objetivo a privatização do Serviço Nacional de Saúde, diz que a solução para a falta de médicos de família passa pela criação de USF modelo C. 

CDU/Jorge Pires: “Não podemos ter ao mais alto nível de direção pessoas escolhidas pelo cartão partidário”

O Partido Comunista Português acredita que “existe força suficiente para defender o SNS”, “apesar da ofensiva a que tem sido sujeito”. “A direita, em muitas situações com o apoio do PS, tem um projeto político que passa pela criação de um sistema de saúde a duas velocidades: um serviço público desvalorizado a funcionar em mínimos para os mais pobres e outro recorrendo a privados e aos seguros de saúde”, disse ao HealthNews Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP. Sistemas Locais de Saúde, gestão democrática das unidades públicas de saúde, contratação de mais profissionais e libertação das imposições da União Europeia são algumas das lutas aprofundadas nesta entrevista.

BE/Bruno Maia: “Não há milagres. Só contratando mais profissionais de saúde”

Para o Bloco de Esquerda, “fazer o que nunca foi feito”, lema da sua campanha, aplica-se “perfeitamente” à saúde. Pela voz do neurologista e intensivista Bruno Maia, cabeça de lista por Braga, o partido apresenta ao HealthNews as suas medidas para robustecer o Estado Social, nomeadamente o Serviço Nacional de Saúde, e propõe a criação de um Serviço Nacional de Cuidados para atuar na infância, na velhice, na dependência e na doença crónica.

PAN/Rafael Pinto: “O sistema atual não serve”

Numa corrida contra o tempo, todos os partidos candidatos às Legislativas 2024 tentam convencer o eleitorado do “porquê” devem ser eleitos para Governar. Na Saúde, o PAN promete tomar as rédeas com uma visão diferenciadora – One Health. Em entrevista ao HealthNews, Rafael Pinto insiste na necessidade de executar todas as verbas que são orçamentadas nesta área. Apesar de defender um maior financiamento público na Saúde, o cabeça de lista do partido por Braga afirma que o PAN tem “uma postura moderada no que toca a Parcerias Público-Privadas”. 

LIVRE/Raquel Pichel: “Queremos implementar o estatuto do clínico-investigador”

Que “Contrato com o Futuro” propõe o LIVRE para o país? Na saúde, são cinco os eixos prioritários: reforçar e reorganizar o Serviço Nacional de Saúde; valorizar as carreiras profissionais no SNS; promover a saúde e prevenir a doença; humanizar os cuidados de saúde e investir na saúde mental. O HealthNews questionou uma médica candidata pelo círculo eleitoral do Porto sobre todos eles. “Na área da saúde, acreditamos que é preciso continuar a reforma do SNS, e vamos, claro, observar atentamente o alargamento do modelo de ULS”, frisou Raquel Pichel.

ÚLTIMAS

Grávida tem bebé em ambulância à porta de casa no Seixal

Um bebé nasceu hoje numa ambulância dos Bombeiros do Seixal, à porta de casa da grávida, enquanto eram aguardadas indicações sobre para que hospital se deveriam dirigir, dado que as urgências de obstetrícia do hospital de Almada estão fechadas.

Sofia Correia de Barros: “Portugal é Exemplo Mundial na Qualidade do Tratamento de Diálise”

Em entrevista exclusiva ao HealthNews, Sofia Correia de Barros, Presidente da Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), destaca os desafios da literacia em saúde, a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença renal crónica, e faz o balanço das quatro décadas de trabalho da associação, sublinhando a necessidade de inovação e de uma maior valorização do setor em Portugal.

Slow Art: Um Caminho para o Bem-Estar

Num mundo acelerado, onde a atenção é cada vez mais fragmentada e o tempo limitado, a arte pode ser um espaço de silêncio, presença e reencontro com o essencial. Este é o mote do curso Slow Art: A Arte como um Caminho para o Bem-Estar, leccionado por Mário Rodrigues, no Museu do Oriente, a 10 de Maio.

Share This
Verified by MonsterInsights