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Competitividade e produtividade portuguesa: a saúde pode ser um motor da economia?
Os trabalhadores portugueses não são geneticamente nem culturalmente improdutivos, incompetentes nem preguiçosos. Portugal está no centro do mundo, à mesma distância de todos os continentes. No entanto, os dados apontam para baixos valores de produtividade. A produtividade e competitividade de um país dependem:
– Da eficiente gestão das empresas e da organização dos fatores de trabalho, ou seja, da liderança;
-Do conhecimento, educação e qualificação dos recursos humanos; logo do desenvolvimento do capital humano, da sua educação e qualificação;
-Da gestão dos trabalhadores, que deve recompensar a competência e meritocracia;
-Do empreendedorismo;
-Da eficiência da administração pública;
-Do modelo de crescimento (em Portugal baseado em sectores de atividade de trabalho intensivo, onde predomina a mão-de-obra barata);
– Da inovação tecnológica e do desenvolvimento de novas tecnologias e transformação digital das empresas e do estado;
-De conseguir dar o “salto tecnológico”, introduzindo competitividade e modernidade na economia nacional;
-Do sistema fiscal que deve privilegiar o empreendedorismo e clusters de valor acrescentado, diminuindo a burocracia e a carga fiscal;
-Do aumento da despesa pública, nomeadamente em educação, saúde; mas também da melhoria e aumento de investimento público nas áreas de ambiente, tecnologia e comunicações;
-Da redução do défice público e endividamento estrutural;
-Da melhoria das condições de negócio e de um sistema de justiça célere e eficiente;
-Da identificação e criação de clusters de valor acrescentado económico (como foi com o turismo, têxtil, calçado, cortiça e seus derivados, etc.), como por exemplo a saúde e/ou a produção de medicamentos, apostando de forma “honesta” e não apenas politicamente correta, nestes clusters;
-Da disponibilidade de mão-de-obra qualificada, leis de imigração mais favoráveis (adaptadas às necessidades futuras do país nos clusters identificados como críticos) e eficácia na abertura de novos negócios;
-Da reconversão da visão do tecido empresarial português com cerca de 90% das empresas a empregar menos de 50 trabalhadores e mais de 70% de estrutura familiar, com uma visão altamente adversa ao risco e uma atitude de independência que impede cooperações entre empresas;
-Do acesso ao capital, provendo os investimentos em I&D;
-Da implementação de uma filosofia de planeamento e posicionamento estratégico de negócios;
-Da promoção de uma cultura de inovação como um fator importante para o desenvolvimento empresarial;
-Da atribuição significativa de benefícios fiscais aos investimentos em atividades de I/D e de qualidade, pois a produtividade aumenta quando a qualidade aumenta;
-Da promoção da marca Portugal nos clusters estratégicos e estabelecimento de marcas fortes através do design como fator de diferenciação, privilegiando produtos atraentes e diferenciados e estratégias de comunicação adequadas como a marca, embalagem e publicidade (-Do design, marketing, marca e qualidade dos produtos e serviços);
Identificados os fatores, basta deixar de procrastinar decisões e ser competitivo! O segundo é o primeiro dos últimos e a sorte é quando a oportunidade encontra a preparação!
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