Sindicato quer lar de Reguengos de Monsaraz a contratar enfermeiros

3 de Julho 2020

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) apontou esta sexta-feira a necessidade de o lar de Reguengos de Monsaraz onde surgiu um foco de Covid-19 contratar pessoal, em vez de serem colocados profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“O facto de serem destacados enfermeiros do SNS para Reguengos de Monsaraz não se pode prolongar no tempo, pois não é a solução que estas instituições precisam. A solução é contratarem pessoal”, advertiu a Direção Regional do Alentejo do SEP, em comunicado.

No âmbito da pandemia de Covid-19, assinalou o sindicato, a Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, proprietária do lar em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, assim como as restantes instituições, estão “legalmente obrigadas a ter planos de contingência”.

“Esses planos devem enquadrar medidas sobre recursos humanos para eventuais situações de agudização das necessidades de resposta que exijam mais profissionais, como a que se está a verificar”, sublinhou o SEP do Alentejo.

Este foco de Covid-19 surgiu, no dia 18 de junho, no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), contabilizando, até hoje, oito mortes (sete utentes e uma funcionária do lar) e 142 casos ativos.

O sindicado dos enfermeiros insistiu que os lares “têm de ter no seu mapa de pessoal o número de enfermeiros adequado para o seu funcionamento”, assim como também para “situações mais complexas, como é o caso da pandemia”.

“Não basta acolher os utentes. É preciso exigir e responsabilizar estas instituições quando não garantem o número de enfermeiros adequado. Os utentes destas instituições têm o direito a serem bem cuidados, com ou sem pandemia”, concluiu.

O concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto da doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 do Alentejo, contabilizando, até hoje, oito mortes (sete utentes e uma funcionária do lar) e 142 casos ativos.

Portugal contabiliza pelo menos 1.587 mortos associados à Covid-19 em 42.782 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

LUSA/HN

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