No parecer tornado público, os responsáveis médicos de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte disseram acue recomendação é justificada por “motivos de saúde pública” e porque é “provável que a vacinação ajude a reduzir a transmissão de covid-19 nas escolas”.
Apesar de o grupo de cientistas independente que aconselha o Governo não ter prescrito a imunização deste grupo etário, a avaliação tornada pública hoje teve em consideração o impacto e riscos da pandemia na educação e saúde mental das crianças decorrentes de faltarem à escola.
“Ter uma proporção significativa de alunos vacinados provavelmente reduzirá a probabilidade de tais eventos, que podem causar surtos locais nas escolas ou associados a elas”, referem aos diretores gerais de Saúde, numa carta ao ministro, que tem a palavra final.
Em agosto, o Comité Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) decidiu não recomendar a vacinação universal das crianças com entre 12 e 15 anos de idade, mas o ministro da Saúde, Sajid Javid, pediu uma segunda opinião.
Na sua análise, o JCVI afirmou que os benefícios para a saúde de vacinar aquele grupo etário eram muito marginais tendo em conta os efeitos da doença nas crianças.
Cerca de três milhões de crianças poderão ser elegíveis para a vacina, que deverá ser administrada nas escolas, segundo notícias na imprensa britânica.
O JCVI tinha recomendado a vacinação de crianças e jovens de 12 a 17 anos com condições de saúde subjacentes específicas e crianças e jovens com 12 anos ou mais que vivam com pessoas imunodeprimidas.
O diretor do Grupo de Vacinas da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, que coordenou o desenvolvimento da vacina da AstraZeneca, manifestou, num testemunho a deputados, objeção moral” a imunizar crianças enquanto países menos desenvolvidos ainda têm dificuldades no acesso aos medicamentos, incluindo para proteger profissionais de saúde.
Atualmente, 89,1% da população do Reino Unido com mais de 16 anos foi imunizada com uma primeira dose e 80,9% tem a vacinação completa.
A covid-19 provocou pelo menos 4.627.854 mortes em todo o mundo, entre mais de 224,56 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.861 pessoas e foram contabilizados 1.055.584 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
LUSA/HN
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