“As pessoas podem manifestar-se livremente, [mas] criticar a minha vinda a Portugal é absolutamente sem fundamento. Eu já vim aqui a Portugal várias vezes e hoje eu venho como representante do governo federal, como ministro de estado da Saúde” de um país que tem uma “relação que transcende essas manifestações”, considerou, em entrevista à Lusa em Lisboa.
Ontem, dezenas de brasileiros juntaram-se em frente ao hospital de Santa Maria, em Lisboa, para protestar contra a presença do ministro da Saúde do Brasil numa conferência sobre a resposta do Brasil à pandemia de Covid-19.
“Para nós é estarrecedor o ministro ser condecorado numa faculdade de Medicina importante como esta, dentro do hospital de Santa Maria”, disse à Lusa a dirigente do Coletivo Andorinho Marisie Damin, uma das cerca de 40 pessoas que esta manhã se manifestaram junto à porta de entrada do hospital lisboeta.
Em entrevista à Lusa, o ministro minimizou a polémica: “Eu vim a convite da universidade de Lisboa para discutir aqui com a comunidade académica científica de maneira aberta transparente” e agora o objetivo é “continuar essa grande colaboração entre Brasil e Portugal”.
Para os manifestantes, o “ministro é um dos responsáveis pelas mais de 600 mil mortes, opôs-se e ainda se opõe hoje ao uso de máscara, que é o princípio básico da proteção [contra a Covid-19]”, acrescentou a dirigente brasileira, salientando que “o ‘ministro da morte’ é indiciado por crime de negligência, no mínimo”.
Pouco depois, de máscara e em entrevista à Lusa, o governante insistiu que tem tomado todas as medidas sanitárias adequadas.
“Temos feito tudo o que é possível para mitigar esta tragédia”, afirmou.
LUSA/HN
0 Comments