“Em três semanas quadruplicámos os nossos casos e quase quintuplicámos e, sabendo que temos a vantagem muito importante de termos a esmagadora maioria da nossa população vacinada, é bom que tenhamos consciência de que a pandemia não passou”, advertiu o autarca.
Afirmando que os casos positivos “estão a crescer”, Ribau Esteves reconheceu que “os impactos da doença nas pessoas vacinadas são muito reduzidos”, mas referiu que, com a mobilidade que existe, a nova vaga que começou nos países do leste europeu e atinge os países do centro da Europa venha a afetar também o país.
“É bom que tenhamos consciência de que a pandemia não passou, que temos o direito de ter uma vida mais folgada, mais normal, mas não temos o direito de descuidar, de esquecer uma realidade que está na nossa vida”, reforçou.
“Temos de nos cuidar e é esse o apelo que queria deixar hoje”, disse o autarca, dando conta de que os números de internamento no Hospital de Aveiro têm vindo a subir, mas os casos nos cuidados intermédios intensivos “são zero ou pouco acima disso”.
Pela parte dos eventos promovidos pela autarquia, assegurou, a Câmara vai “procurar cuidar o melhor possível para proteger quem participa”.
“Aqueles que teimam em não ser vacinados antes e aqueles países que continuam a tratar esta matéria de forma ligeira, que olhem para esta nova vaga que está a acontecer e que se defendam, porque a vacina é um importante instrumento para nos defendermos, para aumentarmos a nossa proteção e isso também é um garante para nós podermos ir voltando à normalidade o mais possível, gradualmente e de forma segura”, insistiu.
O mote foi dado com o anúncio de que a Agrovouga vai voltar a realizar-se presencialmente, de 17 a 21 de novembro, no Parque de Feiras e Exposições.
A primeira reunião pública do executivo municipal iniciou-se com um minuto de silêncio em memória de Celso Santos, recentemente falecido e que foi presidente da Câmara, com o vereador Manuel de Sousa (PS), que lidera a oposição, a associar-se às palavras de Ribau Esteves sobre o seu antecessor.
Já no período da ordem do dia foi aprovada a proposta da maioria PSD/CDS/PPM para recusar a descentralização imediata de competências na área da ação social, ao nível municipal e intermunicipal, sem pôr em questão a sua utilidade.
A Câmara de Aveiro e os outros municípios da Comunidade Intermunicipal, igualmente liderada por Ribau Esteves, entendem ser preciso mais tempo para preparar a assunção de novas competências na área da ação social, e desejam ver clarificados alguns aspetos do respetivo financiamento.
Diferente foi o entendimento e o voto dos vereadores socialistas, com Manuel de Sousa a “não ver nenhuma razão para que não se avance já” com as novas competências, tanto mais que outros processos de descentralização foram assumidos, apesar de subsistirem problemas.
LUSA/HN
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