O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde – refere em comunicado que “na Irlanda foram recebidos cerca de 550 relatórios de incidentes sobre resultados de falsos positivos (conforme publicado no ‘site’ institucional pela autoridade irlandesa), obtidos com os autotestes SARS-CoV-2 Antigen Test Kit (Colloidal Gold) do fabricante Genrui Biotech Inc” e que, “neste sentido, estes testes estão a ser recolhidos voluntariamente nesse país, não tendo a Irlanda adotado ainda nenhuma medida regulamentar”.
Face a este cenário na Irlanda, o Infarmed informa que “em Portugal, até à presente data, recebeu sete notificações de casos de falsos positivos, num universo de cerca de sete milhões de autotestes, reportados pelo fabricante como tendo sido fornecidos ao mercado nacional”.
“O Infarmed encontra-se em contacto com as suas congéneres europeias, assim como com o fabricante do autoteste, para reunir toda a informação relevante, de forma a melhor poder avaliar a situação, nomeadamente notificações recebidas pelas restantes autoridades europeias, entre outras informações”, informa o instituto.
Segundo o Infarmed, o fabricante Genrui Biotech Inc. informou que “os lotes comercializados na Irlanda não foram comercializados em Portugal”.
Considerando que as orientações em Portugal referem que todos os resultados positivos obtidos com autotestes devem ser reportados, tendo de ser confirmados por PCR, os dados de que o Infarmed dispõe, não evidenciam neste momento um risco relevante para a saúde pública”, conclui.
A covid-19 provocou 5.470.916 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.071 pessoas e foram contabilizados 1.577.784 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
LUSA/HN
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