Segundo o comunicado, 13 dos 17 membros deste conselho revelaram uma “frustração crescente” por estarem a enfrentar “uma falta de ação política para introduzir os métodos ideias e globalmente testados para combater a pandemia”.
Os especialistas denunciaram ainda que o governo tem permitido uma “tolerância crescente” para com os funcionários do Estado que minimizam a ameaça pandémica ou a necessidade de vacinação.
Esta demissão em massada acontece dias depois de um funcionário regional da Educação ter sido criticado por descrever a vacinação contra a covid-19 como uma “experiência científica”.
No entanto, o governo de direita no poder ignorou os pedidos de demissão.
Numa carta dirigida ao primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, os membros demissionários do conselho referiram que foram tomadas “ações muito limitadas” perante o surgimento de uma nova vaga e de uma nova variante de rápida disseminação, a Ómicron, apesar “do grande número esperado de mortes”.
O gabinete de Morawiecki respondeu que nas decisões tomadas na luta contra a Covid-19 o governo teve que ter em consideração várias opiniões divergentes, quer de empresários, professores ou outros.
A composição do órgão consultivo, que aconselha o governo sobre medidas e leis a serem adotadas para controlar a pandemia, será alterada, foi ainda divulgado, embora não tenham sido adiantados pormenores.
A enfrentar uma nova vaga de infeções, devido à Ómicron, o governo da Polónia introduziu restrições para o acesso a espaços públicos fechados, mas evitou implementar um novo confinamento ou o uso obrigatório de máscara ao ar livre.
A Polónia já registou mais de 100.000 mortes relacionadas com a Covid-19 e menos de 60% de uma população de 38 milhões está vacinada.
A Covid-19 provocou 5.519.380 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
LUSA/HN
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