Portugal com 43.729 novos casos e 46 mortes nas últimas 24 horas

18 de Janeiro 2022

Portugal registou hoje 46 mortos e 43.729 novas infeções pelo SARS-CoV-2, o maior número de contágios desde o início da pandemia, revelam os dados oficiais, que apontam um novo aumento de internados em enfermaria.

O número de mortes registado nas últimas 24 horas é o mais elevado desde 26 de fevereiro de 2021, quando foram assinalados 58 óbitos.

Estão agora internadas 1.955 pessoas (mais 17) infetadas com o vírus SARS-CoV-2 em enfermaria, dos quais 160 (menos 14) em unidades de cuidados intensivos, revelam os dados do relatório da avaliação da situação epidemiológica da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde 02 de março do ano passado, quando estavam internados 1.997 doentes, que não havia tantos internados nos hospitais.

Os 46 novos óbitos associados à Covid-19 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo (25), na região Norte (11), no Centro (6), na Madeira (3) no Algarve (1) nas últimas 24 horas.

O maior número de novas infeções registou-se na região Norte (18.116) e em Lisboa e Vale do Tejo (13.987).

A região Centro assinalou desde segunda-feira mais 6.339 novos contágios, a Região Autónoma da Madeira 2.117, o Alentejo (1.394), o Algarve (1.160) e os Açores (616).

O maior número de novos contágios diagnosticados situa-se no grupo etário entre os 40 e os 49 anos (7.798), seguido da faixa etária dos 0 e aos 9 anos (7.759), dos 30 aos 39 anos (6.723), dos 10 aos 19 anos (6.417).

No grupo etário entre os 20 e os 29 anos foram registadas 5.424 novas infeções, enquanto na faixa etária entre os 50 e os 59 anos foram assinaladas 4.853, entre os 60 e 69 anos 2.583, entre os 70 e 79 anos 1.343 e nos idosos com mais de 80 anos registaram-se 829.

Comparativamente com a situação epidemiológica observada no dia homólogo de 2021 em Portugal, em que foram contabilizadas 6.702 novas infeções, o país tem hoje mais 37.027.

Apesar de o número de internamentos ter voltado hoje a aumentar, continua a ser significativamente mais baixo do que o registado há um ano, quando estavam internadas 5.165 pessoas em enfermaria, das quais 664 em cuidados intensivos. No mesmo dia de 2021, o boletim da DGS contabilizava 167 mortes.

Já morreram em Portugal 19.380 pessoas com Covid-19 e foram confirmadas 1.950.620 infeções com o vírus que provoca a doença, estando neste momento ativos 332.786 casos (mais 1.628 do que na véspera).

Nas últimas 24 horas, foram dadas como recuperadas 42.055 pessoas, que totalizam agora 1.598.454.

Em relação ao dia anterior, as autoridades de saúde têm mais 23.793 contactos em vigilância, totalizando 324.954 pessoas.

Segundo os dados da DGS, 25 das 46 vítimas mortais tinham mais de 80 anos, 12 estavam na faixa etária dos 70 aos 79 anos, quatro tinham idades entre os 60 e os 69 anos, duas entre 50 e os 59 anos, duas entre 40 e os 49 anos e uma entre os 30 e os 39 anos.

O maior número de óbitos desde o início da pandemia concentra-se nos idosos com mais de 80 anos (12.536), seguindo-se as faixas etárias entre os 70 e os 79 anos (4.215) e entre os 60 e os 69 anos (1.781).

Desde o início da pandemia, em março de 2020, foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo 765.436 casos e 8.174 mortes.

Na região Norte registaram-se 717.836 infeções e 5.883 óbitos e a região Centro tem agora um total acumulado de 260.089 infeções e 3.414 mortes.

O Algarve totaliza 75.302 contágios e 609 óbitos e o Alentejo soma 64.824 infeções e 1.103 mortos por Covid-19.

A Região Autónoma da Madeira soma desde o início da pandemia 48.298 infeções e 142 mortes e o arquipélago dos Açores 18.835 casos e 55 óbitos.

As autoridades regionais dos Açores e da Madeira divulgam diariamente os seus dados, que podem não coincidir com a informação divulgada no boletim da DGS.

No total do país, 10.198 das pessoas que morreram com Covid-19 eram homens e 9.182 eram mulheres.

Já nas infeções, há mais casos confirmados entre as mulheres (1.032.692) do que nos homens (915.852), sendo que há 2.076 registos sem um género identificado e que estão sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática.

A Covid-19 provocou 5.543.637 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Cerca de 44 mil pessoas pessoas morreram em 2023 vítimas do VIH/sida em Moçambique

“Não queremos dizer que estamos satisfeitos com 44 mil mortes. Esses números preocupam-nos, principalmente os de pessoas que estão a morrer em resultado de não estarem a fazer tratamento e, se estão, não o fazem corretamente”, disse o secretário executivo do Conselho Nacional do Combate à Sida, Francisco Mbofana, em conferência de imprensa, antecipando o dia mundial da luta contra VIH/Sida, que se assinala anualmente em 01 de dezembro.

Ana Escoval: “Boas práticas e inovação lideram transformação do SNS”

Em entrevista exclusiva ao Healthnews, Ana Escoval, da Direção da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, destaca o papel do 10º Congresso Internacional dos Hospitais e do Prémio de Boas Práticas em Saúde na transformação do SNS. O evento promove a partilha de práticas inovadoras, abordando desafios como a gestão de talento, cooperação público-privada e sustentabilidade no setor da saúde.

Fundador da Joaquim Chaves Saúde morre aos 94 anos

O farmacêutico Joaquim Chaves, fundador da Joaquim Chaves Saúde, morreu hoje aos 94 anos, anunciou o grupo, afirmando que foi “referência incontornável na área da saúde” em Portugal.

Sónia Dias: “Ciência da Implementação pode ser catalisador para adoção de políticas baseadas em evidências”

Numa entrevista exclusiva ao Healthnews, Sónia Dias, Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA), destaca a criação do Knowledge Center em Ciência da Implementação e o lançamento da Rede Portuguesa de Ciência da Implementação como iniciativas estratégicas para “encontrar soluções concretas, promover as melhores práticas e capacitar profissionais e organizações para lidarem com os desafios complexos da saúde”

MAIS LIDAS

Share This