Medicamentos para várias doenças autoimunes com regime excecional de comparticipação

22 de Fevereiro 2022

 Os medicamentos destinados ao tratamento de doenças autoimunes dermatológicas e reumatológicas vão beneficiar de um regime excecional de comparticipação, de acordo com uma portaria publicada em Diário da República.

Fonte do ministério da Saúde adiantou à Lusa que a portaria “vem reforçar a necessidade de o tratamento comparticipado de utentes com doenças autoimunes dermatológicas e reumatológicas obedecer a regras de qualidade, com o objetivo de prestar o melhor acompanhamento ao doente”.

As doenças abrangidas por este regime – artrite reumatoide, espondiloartrite axial, artrite psoriática, artrite idiopática juvenil poliarticular e psoríase em placas – são “condições que podem impedir as pessoas de ter uma vida normal, por serem incapacitantes ou pela discriminação de que os doentes podem ser alvo”, adiantou a mesma fonte.

O ministério da Saúde estima que cerca de 15 mil doentes estejam a receber tratamento ao abrigo deste regime excecional.

A nova portaria prevê que, para qualquer medicamento estar ao abrigo deste regime de comparticipação, a sua prescrição tem de obedecer aos critérios definidos pela Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica e pelas Comissões de Farmácia e Terapêutica dos vários hospitais (órgãos técnicos compostos por médicos e farmacêuticos), bem como às normas de orientação clínicas da Direção-Geral da Saúde.

“O principal objetivo desta portaria é garantir a equidade na dispensa deste tipo de medicamentos, feita pelo Serviço Nacional de Saúde de forma totalmente gratuita a todos os doentes, independentemente de local de prescrição”, adiantou Carlos Alves, Presidente da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica.

De acordo com o Governo, esta medida concretiza o previsto no Orçamento do Estado para 2021, ou seja, a “necessidade de garantir uma harmonização de critérios de prescrição, promovendo uma maior equidade na dispensa dos medicamentos utilizados e cumprindo os melhores critérios farmacoterapêuticos aplicáveis”.

A portaria assinada pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, entra em vigor na terça-feira.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Mónica Nave: “É muito importante conhecer as histórias familiares de doença oncológica”

No âmbito do Dia Mundial do Cancro do Ovário, a especialista em Oncologia, Mónica Nave, falou ao HealthNews sobre a gravidade da doença e a importância de conhecer histórias familiares de doença oncológica. Em entrevista, a médica abordou ainda alguns dos principais sintomas. De acordo com os dados da GLOBOCAN 2022, em Portugal foram diagnosticados 682 novos casos de cancro do ovário em 2022. No mesmo ano foi responsável por 472 mortes, colocando-o como o oitavo cancro mais mortal no sexo feminino.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights