Em comunicado, o Hospital de Braga refere que, com aquele procedimento, o risco de recorrência de um AVC a cinco anos “é menor”.
Acrescenta que está a implementar aquele procedimento desde maio de 2021, sendo que até então os doentes que dele necessitavam tinham de ser transferidos para outras unidades.
Os destinatários são doentes, sobretudo jovens, que sofreram um AVC sem explicação aparente.
A intervenção consiste no encerramento de um orifício entre as aurículas do coração, designado “foramen ovale patente” (FOP).
“O facto deste orifício estar aberto não é a causa em si do AVC, mas pode desempenhar um papel fundamental na origem desta doença, ao permitir a passagem de pequenos coágulos de sangue do lado direito para o lado esquerdo do coração e daí para o cérebro”, explica o hospital.
O encerramento do FOP é um procedimento pouco invasivo, com recurso a um cateter introduzido na virilha e guiado até ao coração, e está indicado para pacientes com história de acidente cerebrovascular cuja causa não se consiga identificar após um estudo neurológico completo, sobretudo em jovens.
É realizado em regime de internamento curto (cerca de 24 horas) e conta com a intervenção de três equipas médicas e demora entre uma a duas horas.
O Hospital de Braga prevê realizar 12 intervenções por ano, “aumentando assim não apenas a diferenciação do Laboratório de Hemodinâmica, mas acima de tudo o bem-estar dos doentes, uma vez que assim se evita a deslocação dos mesmos para outros hospitais”.
LUSA/HN
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