“Penso que Cabo Verde tem todas as condições para, em pouco tempo, ter um Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses de grande qualidade”, elogiou o presidente, que está na cidade da Praia para participar num fórum sobre a implementação desse instituto no país.
O Governo de Cabo Verde tem desde 2017 em curso a instalação o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), projeto que conta com o apoio de Portugal, onde muitos profissionais cabo-verdianos realizaram formação para o efeito.
“E sempre revelaram tudo aquilo que é necessário na área da medicina legal, que é objetividade, profundidade, rigor e independência”, descreveu Francisco Corte Real, que destacou igualmente a vontade e o apoio político “muito grande” do Governo no processo.
“Há uma consonância absoluta de objetivos e considero que, para o futuro da medicina legal tanto de Cabo Verde como de Portugal, há sempre vantagens mútuas na colaboração e todos ficamos a ganhar”, previu a mesma fonte, em declarações à Lusa.
O apoio de Portugal a Cabo Verde tem sido diretamente, a nível das formações, mas também no seio da rede dos serviços médico-legais e forenses de língua portuguesa, prosseguiu o mesmo responsável, notando um “excelente relacionamento” entre a medicina legal dos dois países.
Depois das formações, Cabo Verde está agora em fase de instalação do seu instituto, o que Francisco Corte Real espera venha a ser uma realidade em menos de 10 anos, sendo os primeiros dois para a parte laboratorial e para as instalações físicas.
“Considero que há todas as condições para que, muito em breve, o instituto seja uma realidade, a funcionar, a servir a Justiça, principalmente a servir a vítimas dos crimes, entre outros que muito beneficiam de um sistema robusto e cientificamente muito fundamentado”, afirmou.
O dirigente garantiu que vai continuar a haver um “apoio mútuo” dos dois países, quer de forma bilateral, quer no âmbito da rede dos serviços médico-legais e forenses de língua portuguesa.
A instalação do instituto em Cabo Verde, que será nas antigas instalações da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), na cidade da Praia, conta com o apoio de Portugal e o Governo cabo-verdiana pretende que seja de forma faseada e estar a funcionar em pleno em menos de 10 anos.
Durante o fórum, que foi aberto pela ministra da Justiça de Cabo Verde, Joana Rosa, o presidente do INMLCF português vai falar sobre a formação em medicina legal e a qualidade pericial médico-legal.
Organizado pelo Ministério da Justiça, o evento pretende abranger os podres executivo e judicial, pessoal de saúde, docentes e discentes da área da saúde, investigadores criminais, profissionais da área jurídica, da educação e ensino superior, seguradoras e demais intervenientes no âmbito da medida legal e ciências forenses.
LUSA/HN
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