Há dois anos, o INSA, em Portugal, começou a receber as primeiras amostras suspeitas provenientes de Cabo Verde, tendo confirmando em 20 de março de 2020 o primeiro caso de Covid-19 no arquipélago.
“Cabo Verde, para além de ter um sistema muito bom de vigilância e deteção muito precoce – e é essencial -, também tem outro fator relativamente favorecedor. É que por natureza está confinado, cada ilha está confinada. Portanto diminui também esta área”, afirmou o presidente do conselho diretivo do INSA, em declarações à agência Lusa.
Na segunda-feira o arquipélago chegou a contar, oficialmente, segundo dados do Ministério da Saúde de Cabo Verde, um único caso ativo de Covid-19, número que, entretanto, subiu para oito. No pico da pandemia, em janeiro deste ano, o arquipélago chegou a ter ativos mais de sete mil casos de Covid-19.
Desde o início da pandemia, Cabo Verde já contou 55.914 infeções provocadas pelo vírus SARS-CoV-2 e 401 mortes associadas à doença.
Fernando de Almeida reconheceu que para África em geral “temia-se o pior”, com a Covid-19, o que “não aconteceu”.
“Há uma situação que está a ser analisada, que está a ser estudada – e felizmente que as coisas acontecem assim -, sobre o comportamento deste SARS-CoV-2 em África, ou pelo menos nas populações africanas”, apontou.
Ainda assim, sublinha que “isso não invalida que, associando o calor, a capacidade de investigação, a capacidade de deteção destes casos e o trabalho que está a ser feito, se considere um bom desempenho” por parte de Cabo Verde na gestão da pandemia.
“Vejo com alguma satisfação esta situação. E como disse, é um ‘case study’ que vamos acompanhar”, concluiu o presidente do INSA.
LUSA/HN
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