O espetáculo de ‘spoken word’ (palavra falada), organizado pelo CPP em parceria com a agência criativa Art Sem Letra, marca o regresso aos palcos do coletivo de artistas Mulheres D`Palavra, cuja abordagem está centrada nas questões sobre o “género e saúde materno-infantil de qualidade”.
O coletivo Mulheres D`Palavra, que se diz preocupado com o atual contexto da mortalidade infantil, gravidez na adolescência, fuga à paternidade e com o abuso sexual em Angola, deve apresentar a narrativa num ambiente hospitalar, com adereços e objetos cénicos.
Segundo um comunicado do CPP em Luanda, enviado hoje à Lusa, as poetisas, “que aceitaram o desafio de dar voz e vez às mulheres que vencem as dores de parto para dar vida e multiplicar a existência humana”, devem surgir em palco com performances individuais, duplas e quartetos.
Irene Amosi, Adolfina Lua, Dreça Manuel e Sandra Bande compõem o elenco de artistas que vão dar vida a “Loucas na Maternidade”.
Sandra Bande refere, citada pela nota, que “esta é uma oportunidade de se colocar na pauta de debate, as preocupações da gravidez precoce” no país “tendo em conta as altas taxas apresentadas no último relatório do Fundo das Nações Unidas para a População”.
Já o responsável pela produção e diretor-executivo da agência, Kiaco Zambo, assinala que “’Loucas na Maternidade’ é um espetáculo emergente e experimental pela forma que é levado ao público, tendo em conta os múltiplos problemas que se verificam nas maternidades”.
O projeto é uma iniciativa e produção da Art Sem Letra, baseada na peça do dramaturgo Maieno Zambo, e conta com o apoio do Camões Angola – Instituto de Cooperação, Cultura e Língua Portuguesa.
LUSA/HN
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