O quadro da malária em Angola foi apresentado hoje pelo secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, Franco Mufinda, durante o ato central alusivo ao Dia Mundial de Luta contra a Malária, que decorreu na província angolana do Cuanza Norte.
Segundo o governante, os 3.980 óbitos por malária registados nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2022 representam um aumento de 14% em relação ao trimestre homólogo de 2021.
“Entre as doenças transmissíveis, a malária acaba por impactar com um peso maior para a alta taxa de mortalidade infantil e infantojuvenil que se regista em Angola e também tem provado a morte de várias mulheres grávidas, daí que há um conjunto de estratégias visando reduzir o impacto da doença”, disse Franco Mufinda.
A malária “é o principal problema de saúde pública no nosso país e ainda é uma das primeiras causas de doença e de morte, de absentismo laboral, do baixo peso ao nascer, de anemias em mulher grávida e mortalidade materna”, notou.
O secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola salientou também que a malária representa cerca de 35% da demanda de cuidados curativos, 20% de internamentos hospitalares, 40% das mortes perinatais e 20% de mortalidade materna.
A taxa de prevalência da malária em Angola é de 14% e o país regista, no seu sistema de vigilância epidemiológica, desde o início de setembro de 2017 até a presente data “um aumento do número de casos e óbitos por malária em todo o país e alguns casos sob forma de surtos epidémicos”.
Uíje, Luanda, Malanje, Bié e Cuanza Sul são as províncias angolanas com maiores índices da doença.
LUSA/HN
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