Depois de no ano passado a época balnear ter aberto oficialmente apenas em meados de junho na maioria das praias portuguesas, sujeitas a regras para prevenção, contenção e mitigação da transmissão da Covid-19, este ano ainda não foi publicada a portaria que define as normas a aplicar.
“Como Autoridade Marítima Nacional sabemos que já alguns locais em Portugal que no dia 01 de maio vão ter condições para abertura da época balnear”, disse o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional, Silva Luís, em declarações à Lusa.
Segundo o responsável, algumas autarquias “decidiram abrir e podem fazê-lo desde que cumpram um conjunto de regras básicas, como nadadores-salvadores e autorização da capitania”.
Silva Luís salientou também que houve um “reforço gradual ao dispositivo permanente dos meios desde 07 de abril”, havendo já equipas na orla costeira.
O presidente da Federação Portuguesa de Concessionários de Praia, João Carreira, adiantou, por seu turno, que, “para já” ainda não teve acesso aos editais de praia que resultam da portaria da Associação Portuguesa do Ambiente que rege as regras da época balnear, mas garantiu que “à partida vão cumprir as mesmas regras de distanciamento no areal”.
Entre as regras estabelecidas no ano passado (e cujo incumprimento estava sujeito a coimas) estava o distanciamento social entre pessoas e grupos, com os toldos e os colmos com três metros entre si, enquanto para as barracas a distância era de um metro e meio, não sendo permitido mais de cinco utentes por toldo, colmo ou barraca.
Em relação ao uso das máscaras, que eram necessárias em 2021 nos acessos à praia e na utilização dos apoios, restaurantes ou instalações sanitárias, João Carreira explicou que no acesso e uso dos bares a “obrigatoriedade já caiu”, de acordo com as últimas recomendações da Direção-Geral de Saúde, pois são considerados equipamentos de restauração.
“Já temos nadadores-salvadores e já estamos preparados para dar assistência às mesmas, só estamos a aguardar que os editais sejam publicados, mas há praias no país que já começa a 01 de maio a época balnear, caso de cerca de 15 na Costa da Caparica, em Cascais e algumas no Algarve”.
Segundo João Carreira, os nadadores-salvadores já estão contratados para dar segurança aos utentes das praias, além de ser uma obrigação das concessões para poderem operar.
O responsável explicou que com antecedência foram contratados “alguns nadadores-salvadores vindos do Brasil”, já que grande parte dos socorristas nacionais são estudantes e que “só depois de terminar a escola e os exames” podem ir de forma permanente para as praias.
“A questão dos nadadores-salvadores brasileiros já não é nova, as associações de nadadores-salvadores fazem a sua contratação dos nadadores e os concessionários depois fazem à associação, temos um plano integrado”, explicou, lembrando que todos possuem curso e alguns são mesmo militares.
João Carreira frisou que “só abre quem pediu antecipação da época balnear” já para 01 de maio, acrescentando que a Câmara Municipal de Almada já tem carros no areal com nadadores-salvadores a circular todo o ano como prevenção.
Algumas praias do arquipélago da Madeira também já anunciaram a abertura oficial para o próximo domingo.
Este ano, de acordo com o ‘site’ Aquapolis (portal que dá informações sobre as praias fluviais em Portugal) as praias fluviais vão funcionar, entre 01 de junho e 30 de setembro, sendo que a maioria prevê a abertura em 15 de junho.
A época balnear em 2021 decorreu entre 15 de maio e 15 de outubro. Contudo, na maioria das praias a época balnear apenas teve início em junho.
Portugal conta este ano com 431 praias, marinas e embarcações galardoadas com Bandeira Azul, mais 32 do que em 2021, com um aumento de praias fluviais distinguidas com o galardão, de acordo com a Associação Bandeira Azul Europa (EBAE).
Na próxima época balnear vão hastear a Bandeira Azul mais 21 praias, mais duas marinas e mais nove embarcações de ecoturismo do que no ano passado.
As praias costeiras e fluviais distinguidas estão distribuídas pelo Norte (82), Centro (50), Tejo (77), Alentejo (40), Algarve (86), Açores (42) e Madeira (16).
LUSA/HN
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