Esta iniciativa global promovida pela Astellas Oncology visa distinguir as ideias mais inovadoras que permitam a melhoria dos cuidados oncológicos (que não passem por tratamento) destinadas a doentes, cuidadores e comunidade oncológica em geral, com um prémio no valor de 100 mil dólares. As candidaturas devem ser submetidas aqui.
“O programa C3 Prize baseado na premissa ‘Changing Cancer Care’, tem como principal missão encontrar e apoiar ideias inovadoras na área dos cuidados oncológicos, que permitam dar resposta aos inúmeros desafios diários enfrentados por doentes e cuidadores, com a principal finalidade de melhorar a sua qualidade de vida e, consequentemente, criar um impacto positivo na sociedade”, refere Filipe Novais, diretor geral da Astellas Farma Portugal.
O foco incide em soluções que abordem questões mais prementes, como a saúde mental, o apoio aos cuidadores e as disparidades e equidade na saúde. Das candidaturas recebidas, a Astellas irá selecionar três finalistas, que vão participar num evento virtual de pitch, que contará com um painel de jurados para determinar o vencedor do Grande Prémio e dois vencedores do Prémio de Inovação. A Astellas Oncology irá conceder uma bolsa de 100 mil dólares ao vencedor do Grande Prémio e duas bolsas de 25 mil dólares aos vencedores do Prémio de Inovação. Os vencedores, anunciados em julho, terão acesso a ferramentas e recursos que permitam o desenvolvimento das suas ideias.
Desde 2016, e ao longo de cinco edições, foram 18 as ideias premiadas, 21 os países envolvidos e diversas as comunidades oncológicas impactadas positivamente pelos vários projetos distinguidos. O português Hernâni Oliveira foi um dos vencedores do Grande Prémio, com o projeto HOPE, um videojogo para tablet desenvolvido com o intuito de explicar às crianças, de uma forma lúdica e interativa, o que é o cancro, promovendo simultaneamente a sua atividade física.
“O prémio Astellas foi um marco na minha vida. Ao nível profissional permitiu catapultar o projeto para audiências internacionais e, simultaneamente, consolidou o seu reconhecimento em Portugal, permitindo desenvolver mais projetos de capacitação no âmbito da Oncologia Pediátrica, nomeadamente a implementação de um programa de combate ao bullying em ambiente escolar, que frequentemente acontece quando as crianças saem do hospital”, referiu Hernâni Oliveira. “Ao nível pessoal, recebi o prémio um ano depois de me ser diagnosticado um linfoma, o que coincidiu com a remissão do cancro e a concretização de uma etapa que fortaleceu em mim a importância dos projetos de capacitação dos doentes”, acrescentou o professor da Universidade de Évora.
O projeto que venceu o Grande Prémio em 2017 continua a crescer e a ser desenvolvido. “Conseguimos já recolher evidência importante para a criação de uma segunda versão do videojogo, que será lançado no mercado brevemente. O HOPE tem-se tornado num movimento que pretende demonstrar a pertinência e o impacto tangível da construção de projetos de promoção da literacia em saúde, utilizando como modelo as soluções implementadas na área da Oncologia Pediátrica”.
Nascido no Instituto Português de Oncologia do Porto, o videojogo pretende tornar o tempo que as crianças passam no hospital mais produtivo, aumentando a sua autoestima e incentivando-as a lutar contra a doença de uma forma proativa.
PR/HN/Rita Antunes
0 Comments