Segundo o Instituto Robert Koch, nas últimas 24 horas foram diagnosticados 1.507 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, uma ligeira descida em relação a quarta-feira (1.576), mas significativa em relação aos números de sábado (2.034), dia em que se atingiu um recorde inédito desde finais de abril.
No mesmo período ocorreram cinco mortes.
O pico máximo da pandemia na Alemanha ocorreu entre finais de março e abril, quando chegaram a registar-se 6.000 novos casos por dia.
Em finais de junho, os novos casos andavam na ordem dos 350 por dia, começando a aumentar para 800 a 950 em julho e ultrapassando os 1.000 no princípio de agosto.
Desde o primeiro caso no país, em janeiro, a Alemanha totaliza 237.936 casos e 9.285 mortes associadas à covid-19.
A chanceler alemã, Angela Merkel, convocou para hoje uma reunião por videoconferência com os líderes dos 16 estados federados, competentes em matéria de saúde, para debater medidas comuns a adotar para travar a propagação do vírus.
Por todo o país, os alunos estão a regressar às escolas de forma escalonada, como é prática do sistema federal, com 10 estados a recomeçar as aulas entre julho e princípio de agosto e os restantes em setembro, entre os quais a Baviera, segundo estado mais afetado pela pandemia, depois da Renânia do Norte-Vestefália.
Segundo a análise do Instituto Robert Koch, entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças na Alemanha, o regresso às aulas não é o principal fator que explica o ressurgimento de altos níveis de contágio, mas antes os encontros familiares, atos religiosos, festas e férias no estrangeiro.
Entre as medidas que deverão ser analisadas na reunião de hoje figuram o prolongamento até janeiro da proibição de grandes eventos públicos, inicialmente prevista até outubro, e a imposição de multas até 500 euros a quem não respeite a obrigatoriedade de uso de máscara nos transportes públicos e estabelecimentos comerciais.
As reuniões familiares deverão ser limitadas a um máximo de 25 pessoas.
O Governo alemão deverá por outro lado manter a recomendação de não viajar para 160 países, entre os quais alguns membros da União Europeia (UE), como Espanha, com exceção das Canárias, e regiões de França, Bélgica, Bulgária, Croácia e Roménia.
Estes destinos são considerados “zonas de risco” pelas autoridades alemãs, o que obriga os turistas que regressam de férias a submeter-se a um teste obrigatório e a uma quarentena.
Surgido em dezembro na China, o vírus SARS-CoV-2 já fez pelo menos 820 mil mortos e infetou mais de 23,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
NR/HN/LUSA
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