A Fénix – Associação Nacional de Bombeiros e Agentes de Proteção Civil (ANBAPC) associa-se, assim, aos pedidos semelhantes feitos pelo Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar e pela Associação Nacional dos Técnicos de Emergência, na sequência de um incêndio na base logística do INEM, no sábado.
O fogo provocou danos materiais em quatro viaturas particulares de trabalhadores, numa Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e numa tenda com material de suporte à atividade.
“É surrealista a forma infeliz de gestão, gestão dos meios, das infraestruturas, entre outras, que vêm confirmar a justeza e as preocupações públicas atempadamente expressas pela Fénix – ANBAPC, relativamente ao estado do Instituto Público responsável pelos Serviços Médicos de Emergência, desde logo os graves problemas da assistência a situações que careçam dos supramencionados serviços”, refere a associação em comunicado.
Segundo a ANBAPC, “a cadeia de socorro detém falhas inaceitáveis, com tempos de resposta inaceitáveis, sobretudo nas regiões mais desfavorecidas”.
Por outro lado, adianta, a formação está “totalmente obsoleta, sem doutrina e não garante muitas das melhores práticas mundialmente aprovadas, ou seja, cientificamente desenquadrada”.
“Hoje, e uma vez mais, reiteramos que urge pela demissão do atual Conselho de Direção do INEM IP, que deixou já de ter as condições necessárias para o exercício das funções com o sentido de Estado que lhe é exigido, comprometendo assim a assistência de emergência ao país”, acrescenta.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) também já pediu responsabilidades pelos carros que arderam no incêndio de sábado.
Para o STEPH, este acontecimento “deve culminar com a demissão imediata do Conselho Diretivo ainda em funções e que, mais uma vez, prova o fracasso da gestão que tem sido posta em prática nos últimos anos”.
“Pela inação evidenciada, é imperativo que o Conselho Diretivo do INEM assuma a responsabilidade pelo ocorrido, assuma as necessárias indemnizações aos trabalhadores que se viram obrigados a estacionar as próprias viaturas em cima do ‘mato’, perdendo-as totalmente no incêndio quando estavam à guarda do INEM”, acusou o sindicato em comunicado enviado no final do dia de sábado para as redações.
Segundo o sindicato, as viaturas ardidas pertenciam a trabalhadores “deslocados para proteção nos incêndios que deflagraram no país”.
O STEPH acusou ainda a direção do INEM de ignorar os alertas da associação sindical, assim como as diversas intervenções da Autoridade para as Condições do Trabalho que, “se tivessem sido consideradas, poderiam ter contribuído para que este incidente tivesse sido evitado”.
LUSA/HN
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