Detetada pela primeira vez entre o final de março e o início de abril, a BA.5 é dominante em Portugal desde a semana de 09 a 15 de maio, segundo o INSA, que adianta igualmente que a linhagem BA.4 da variante Ómicron “tem registado uma frequência relativa estável nas últimas amostragens semanais, representando 1,6% das sequências analisadas” nas duas últimas semanas de julho.
A variante Ómicron do coronavírus que causa a Covid-19, classificada como de preocupação pela Organização Mundial da Saúde, engloba várias linhagens identificadas com o prefixo “BA”.
Entre essas várias linhagens consta a BA.5, que tem revelado uma maior capacidade de transmissão por apresentar mutações com impacto na entrada do vírus nas células e ou na sua capacidade de escapar à resposta imunitária.
Um estudo da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do INSA divulgado esta semana revelou que o reforço da vacinação contra a Covid-19 (provocada pelo SARS-CoV-2) previne substancialmente o risco de hospitalização e morte na consequência de infeções pelas linhagens BA.2 e BA.5 da variante Ómicron.
Este trabalho concluiu ainda que o risco de infeção é semelhante entre as duas linhagens, tanto em pessoas com o esquema vacinal completo, como em pessoas com a dose de reforço, mas em casos de doença mais grave a eficácia do reforço vacinal revelou-se ligeiramente diferente.
Relativamente à linhagem BA.2, que foi dominante em Portugal entre o final de fevereiro e meados de maio, o INSA diz que tem tido uma frequência relativa continuamente decrescente, registando 0,8% nas duas últimas semanas do mês de julho.
O relatório refere ainda que têm vindo a ser monitorizadas sublinhagens de BA.2 com uma mutação adicional na posição L452 da proteína Spike (associadas à resistência a anticorpos neutralizantes), sendo que, entre estas, se destaca a circulação em Portugal da linhagem BA.2.12.1, “embora a sua frequência relativa não tenha ultrapassado, até à data, os 2%”.
“É de notar que ainda não foi detetada qualquer sequência da sublinhagem de interesse BA.2.75 em Portugal”, acrescenta.
O INSA estima ainda que a circulação da linhagem BA.1 da variante Ómicron seja atualmente residual.
O relatório refere igualmente que, até à data, foram analisadas 40.155 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 304 concelhos de Portugal.
No final de junho, Portugal ultrapassou os cinco milhões de casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 desde o início da pandemia.
LUSA/HN
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