O Centro de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus confirmou a realização de testes a mais de 725 mil pessoas, desde segunda-feira, sendo que pelo menos 708.500 já foram confirmados como negativos, de acordo com um comunicado.
A região administrativa especial chinesa lançou uma ronda de testes de ácido nucleico a toda a população, depois ter detetado mais de uma dezena de novos casos de Covid-19 na passada semana.
Na terça-feira, o diretor dos Serviços de Saúde de Macau (SSM), Alvis Lo Iek Long, sublinhou que as autoridades desconhecem a fonte da última infeção, um homem que trabalha no território e vive na cidade vizinha de Zhuhai.
Em conferência de imprensa, Alvis Lo sublinhou que “há um certo risco” de transmissão na comunidade e admitiu que “há uma grande possibilidade” de ser realizada pelo menos mais uma ronda de testes a toda a população.
Entretanto, a Direção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) de Macau apelou aos pontos de venda e recolha de produtos adquiridos através da Internet para “reforçarem a limpeza de desinfeção” e “prevenir a transmissão” da Covid-19 “através de produtos”.
Em agosto, Alvis Lo tinha dito que o pior surto de Covid-19 em Macau desde o início da pandemia, entre junho e julho, foi causado por “objetos ou produtos vindos do estrangeiro”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou “não existirem provas até ao momento de vírus que causam doenças respiratórias serem transmitidos através de comida ou embalagens de comida”.
“Os coronavírus não conseguem multiplicar-se em comida; precisam de um hospedeiro animal ou humano para se multiplicar”, referiu a OMS, na página online.
Em julho, Macau suspendeu, inicialmente durante uma semana, a importação de mangas de Taiwan, depois de ter detetado vestígios do novo coronavírus no exterior de uma embalagem.
A Associação Industrial de Macau disse à Lusa, em agosto, ser impossível que a importação de alimentos infetados com o novo coronavírus tenha originado o surto de Covid-19 na cidade, apontando para um sistema de controlo “muito rigoroso”.
O virologista Celso Cunha, do Instituto de Medicina e Higiene Tropical (IMHT), em Lisboa, disse à Lusa que a probabilidade dos surtos de Covid-19 em Macau terem origem em alimentos contaminados é “extremamente baixa”.
A região administrativa especial chinesa Macau, que segue a política de casos zero imposta por Pequim, registou, desde o início da pandemia, seis mortes e mais de 2.500 casos, incluindo assintomáticos, de Covid-19.
LUSA/HN
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