Sall fez este apelo durante um fórum internacional dedicado à esta doença, perto de Dakar, numa altura em que a vacinação de crianças contra a poliomielite está a diminuir em África.
Devido ao covid-19, dezenas de milhões de crianças não foram vacinadas contra a poliomielite. Esta situação tem contribuído para a propagação de surtos de poliovírus em muitos países africanos, segundo um documento oficial do “fórum de vacinação e erradicação da poliomielite em África”, organizado na localidade de Diamniadio, perto da capital senegalesa.
Os Chefes de Estado do Ruanda e da Guiné-Bissau, Paul Kagame e Umaro Sissoco Embalo, respetivamente, e responsáveis e especialistas internacionais, participam neste fórum organizado pelo líder senegalês na qualidade de presidente da UA.
“Há uma tendência de queda na cobertura vacinal básica em todo o continente africano” enquanto “a poliomielite, doença debilitante e particularmente mortal, merece atenção especial”, declarou o dirigente senegalês.
“Os poliovírus selvagens foram erradicados, mas infelizmente esses ganhos foram questionados com surtos epidémicos relatados nos últimos anos (em alguns países africanos). Isso mostra a fragilidade dos ganhos” e a urgência de “uma mobilização geral para erradicar a poliomielite na África “por meio da vacinação, disse Sall
“Trata-se de fazer soar o alarme e defender para que nenhuma criança fique para trás”, acrescentou, antes de apelar à produção de vacinas no continente.
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa. O poliovírus invade o sistema nervoso e pode causar paralisia permanente. Essa doença afeta mais frequentemente crianças menores de cinco anos, mas qualquer pessoa que não tenha sido vacinada pode contraí-la.
LUSA/HN
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