PSD de Viseu lamenta manutenção de enfermeiros precários no hospital de Viseu

7 de Março 2023

O PSD lamentou a existência, desde a pandemia de covid-19, de "vários enfermeiros com contratos precários" no hospital de Viseu e que se verifique o "constante atraso" na abertura das novas instalações do serviço de urgências.

Em comunicado divulgado na segunda-feira à noite, a secção de Viseu do PSD, presidida por João Paulo Gouveia, referiu que “são mais de 40 enfermeiros dos vários serviços que foram contratados durante a pandemia” e que “continuam a trabalhar no hospital de Viseu”.

No seu entender, é comprovada, “a cada dia, a importância e a necessidade permanente do trabalho e do contributo dos mesmos”, mas sem terem “direito a um vínculo efetivo ao hospital e ao Serviço Nacional de Saúde”.

A situação foi denunciada na semana passada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), que apontou para a manutenção de cerca de 40 enfermeiros com contratos precários desde o período da pandemia de covid-19.

“São enfermeiros que foram contratados durante o período pandémico, que continuaram a trabalhar no hospital de Viseu, comprovando-se a necessidade permanente dos mesmos, mas sem terem direito a um vínculo efetivo”, referiu o SINDEPOR.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Centro Hospitalar Tondela Viseu informou que se mantêm atualmente 45 enfermeiros em contrato individual de trabalho a termo incerto.

“Constitui propósito do conselho de administração obter a regularização dos vínculos precários destes profissionais, que foram essenciais no combate à pandemia, tendo sido previstos os correspondentes lugares no mapa de pessoal, no âmbito do Plano de Atividades e Orçamento para 2023, que foi submetido à apreciação por parte da Saúde e Finanças”, garantiu.

O PSD criticou também o “atraso das obras da urgência”, cuja inauguração esteve “anunciada para outubro de 2022” e que depois foi “adiada para dezembro”.

“Chegamos ao mês de março de 2023 e não compreendemos porque é que o atendimento diário de centenas de utentes continua a efetuar-se em contentores, quando as instalações já estariam prontas e revistas no início do ano”, frisou.

Aquela estrutura partidária considerou que se trata de “uma situação lamentável”, que demonstra como o Estado Central tem tratado os profissionais de saúde.

“Tanto o adiar da abertura da nova urgência, como esta situação da não regularização da situação profissional destes enfermeiros, colocam em causa o atendimento do nosso Hospital aos nossos concidadãos”, acrescentou.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Associação Nacional de Laboratórios Clínicos diz que ULS da Lezíria prejudicará acesso dos utentes a análises clínicas caso avance com internalização

A Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) lamenta que a Unidade Local de Saúde da Lezíria pretenda internalizar os serviços de análises clínicas, “em desrespeito dos contratos de convenções existentes e que abrangem a área de influência da ULS da Lezíria e com manifesto prejuízo dos direitos de acesso e da liberdade de escolha dos utentes que recorrem àquela unidade de saúde”.

46% das mulheres sentem que as suas dores menstruais não são levadas a sério no trabalho

No âmbito do Dia do Trabalhador a INTIMINA realizou o seu segundo Estudo sobre Menstruação e Ambiente de Trabalho para aprofundar o impacto que a baixa menstrual teve na vida das mulheres em Espanha, o primeiro país da Europa a implementar esta licença. Os resultados revelam que 46% das mulheres sentem que as suas dores menstruais não são levadas a sério no trabalho.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights