Cabo Verde regista recorde de 94 casos diários e mais uma morte

11 de Setembro 2020

Cabo Verde registou hoje a 44.ª morte por causa da covid-19, no dia em que contabilizou mais 94 novos casos positivos, o número diário mais elevado desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde.

Em comunicado, o Ministério da Saúde e da Segurança Social informou que o óbito ocorreu no concelho de Santa Catarina, interior da ilha de Santiago, e é uma senhora de 86 anos, que tinha várias outros problemas de saúde.

A mesma fonte referiu que os laboratórios de virologia do país analisaram 455 amostras nas últimas 24 horas, dos quais 94 deram resultado positivo, o maior número diário registado no arquipélago desde o início da pandemia.

Em conferência de imprensa para fazer o ponto de situação da doença no país, o diretor nacional da Saúde, Artur Correia, esclareceu entretanto que do total de 94 novos casos dados a conhecer hoje, 66 amostras são da semana passada.

A maioria dos novos casos (45) foram diagnosticados na cidade da Praia, ilha de Santiago, cujos outros concelhos também contam casos, nomeadamente Santa Catarina (6), São Miguel (18), Santa Cruz, Ribeira Grande e São Domingos, com um cada.

Os restantes casos foram contabilizados nas ilhas do Fogo (15), São Nicolau (3) e Sal (3).

O Ministério da Saúde informou ainda que foram registados mais 83 doentes recuperados, passando o país a  ter 4.076 pessoas com alta.

Neste momento, Cabo Verde regista 529 casos ativos, mantém dois doentes transferidos, de um total de 4.651 casos positivos acumulados desde 19 de março.

O porta-voz do Ministério da Saúde disse que a tendência neste momento no país pode ser considerada como “ligeiramente crescente”, embora deixa para fazer o habitual balanço na próxima segunda-feira.

Artur Correia voltou a pedir responsabilidade das pessoas, sobretudo no concelho de São Miguel, que regista um aumento de casos nos últimos dias, indicando que é provocada pelo desleixo das pessoas, quer contactos de casos positivos quer pessoas em isolamento.

Como estratégia para contornar esta situação, o diretor nacional da Saúde disse que o trabalho tem de ser continuado na sensibilização das populações, porque não se pode por um policial à porta de cada pessoas.

“Exige-se a responsabilidade das pessoas e das famílias e é um mau comportamento o desrespeito desta regra”, criticou, dizendo que quem estiver à espera do teste deve resguardar-se, lembrando a propagação de doença é crime.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 910.300 mortos e mais de 28,2 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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