“A Lifefocus encetou com o CA [conselho de administração] da ULSAM uma negociação com vista a avaliar da disponibilidade daquela entidade para promover, em conjunto com a Lifefocus, a implementação do novo regime legal, mediante o reequilíbrio financeiro do contrato”, indicou hoje a empresa, numa resposta escrita enviada à Lusa.
A empresa refere que tal foi feito apesar de considerar não serem “aplicáveis aos contratos de trabalho celebrados no âmbito do contrato de prestação de serviços com a ULSAM” as alterações legislativas que o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) disse, na sexta-feira, estarem por cumprir, configurando uma “ilegalidade”.
Na sexta-feira, o STSS disse ter denunciado à ACT a “ilegalidade nos contratos dos técnicos de radiologia” da ULSAM contratados pela Lifefocus.
Em comunicado, o STSS indicou que os técnicos a laborar na ULSAM “estão a ser penalizados face aos restantes trabalhadores daquela unidade com contrato individual de trabalho, não vendo as suas remunerações atualizadas como previsto na lei”.
“A empresa é obrigada por lei a acompanhar remunerações e horários de trabalho praticados nos contratos individuais de trabalho da ULSAM, mas não o está a fazer”, disse o sindicato.
“A instituição beneficiária, a ULSAM, não poderá ter TSDT [Técnico Superior de Diagnóstico e Terapêutica] a exercer funções na unidade local com outro regime de direitos, menos favorável para esses trabalhadores, independentemente da qualidade e natureza do vínculo”, referiu o presidente do STSS, Luís Dupont, citado no comunicado.
De acordo com a Lifefocus, as mudanças na lei não se aplicam, porque o contrato de prestação de serviços com a ULSAM é “anterior à entrada em vigor da nova lei”.
A empresa acrescenta hoje que “está, como já manifestou aos sindicatos envolvidos, disponível para encontrar compromissos que garantam todos os direitos dos seus trabalhadores e não ponham em causa a sustentabilidade financeira da empresa”.
Tal, diz, é “indispensável para a manutenção de todos os postos de trabalho”.
A Lifefocus disse ainda desconhecer “qualquer denúncia” à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).
Contactado pela Lusa, o presidente da ULSAM disse que a responsabilidade relativamente aos trabalhadores contratados pela Lifefocus “é da empresa”.
LUSA/HN
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