Vários eventos piloto, com capacidade limitada a mil espectadores, foram realizados nos últimos dias, na esperança de um retorno de um maior número de pessoas nos estádios a partir do início de outubro, mas o plano sofreu um revés.
O ministro britânico Michael Gove referiu que uma “reabertura em massa” dos estádios não seria adequada no momento, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela comunidade desportiva devido à crise económica causada pela pandemia.
“Um programa elaborado em várias fases estava a ser executado para permitir o regresso de mais pessoas aos estádios, sem os encher”, adiantou Michael Gove, um dos ministros mais próximos do primeiro-ministro Boris Johnson, à BBC.
Gove referiu que, neste momento, o programa está suspenso, devido ao ressurgimento da pandemia, mas que o governo britânico está empenhado, quando as circunstâncias o permitirem, a que mais pessoas possam voltar aos estádios.
Várias competições britânicas, incluindo os campeonatos de futebol e de râguebi, foram recentemente retomadas à porta fechada, após meses de hiato devido à pandemia.
Líderes de mais de 100 clubes desportivos alertaram o primeiro-ministro Boris Johnson sobre a perda financeira decorrente da falta de receita com ingressos, pedindo ajuda urgente.
O diretor-executivo da Premier League inglesa de futebol, Richard Masters, considerou, no inicio do mês, que a situação era “crítica”.
O governo britânico anunciou hoje novas restrições para enfrentar a pandemia de Covid-19, que incluem o fecho de bares, ‘pubs’ e restaurantes a partir das 22:00 e o incentivo ao teletrabalho.
O Reino Unido é a nação mais enlutada da Europa, com quase 42 mil mortos, e atualmente vê o número de contaminações “dobrar a cada sete dias”, alertou na segunda-feira o assessor científico do governo, Patrick Vallance.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 961.531 mortos e mais de 31,1 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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