A obra foi financiada no âmbito do Programa Lisboa 2020 (fundos comunitários), com um investimento no valor de cerca de 2,5 milhões de euros.
O equipamento foi construído num terreno cedido pela Câmara Municipal da Moita, no distrito de Setúbal, numa área de cerca de 13.500 metros quadrados.
O edifício de dois andares substitui assim as anteriores instalações num prédio de habitação que, segundo o presidente da Câmara Municipal da Moita, Carlos Albino, será agora reconvertido em habitação acessível destinada a profissionais de saúde, com o objetivo de fixar recursos humanos no concelho.
Em comunicado, o autarca explica que o início de funções da unidade de saúde nas novas instalações é da maior importância, pois “deixa ao dispor da população um novo equipamento com todas as condições para os seus utentes, colmatando necessidades” da população do concelho, em especial dos fregueses da Baixa da Banheira.
Para a presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (ULSAR, que integra o centro de saúde), Teresa Carneiro, o novo edifício “será uma oportunidade de oferecer aos profissionais de saúde melhores condições de trabalho, de forma a poderem prestar melhores cuidados de saúde à população”.
“Não obstante os constrangimentos da anterior localização, a unidade de saúde realizou durante o ano de 2023, entre outros, perto de 37 mil consultas médicas e mais de 21 mil consultas de enfermagem”, refere Teresa Carneiro, citada no comunicado.
A ULSAR tem como área de influência direta os concelhos de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, integrando o Hospital Distrital do Montijo, o Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) e os centros de saúde de Alcochete, Barreiro, Quinta da Lomba, Moita, Montijo e Baixa da Banheira.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Albino adiantou que os concursos para a contratação de médicos para a região da área da ULSAR já estão em curso, esperando agora a autarquia que haja candidatos para o novo centro de saúde, que tem 24 gabinetes médicos, um gabinete de radiologia e gabinetes de recolha de análises.
Em agosto de 2022, a Câmara Municipal da Moita (liderada pelo PS) tomou posse administrativa da obra do Centro de Saúde da Baixa da Banheira, depois de perceber que os prazos não seriam cumpridos, tendo a empresa da altura deixado apenas 31% da empreitada realizada.
Em abril de 2023, o autarca assinou o auto de consignação com a empresa Wikibuild para a finalização da construção.
A unidade vai servir cerca de 30.000 utentes e a sua construção começou em janeiro de 2020.
Segundo José Manuel Fernandes, da Comissão de Utentes da Saúde da Baixa da Banheira (CUSBB), esta é uma boa notícia para a comunidade, sendo uma reivindicação antiga da população.
Contudo, o representante alertou para a necessidade de haver agora um reforço de médicos, uma vez que atualmente a assistência é feita apenas por quatro profissionais efetivos a tempo inteiro e três a meio tempo.
Dos atuais 22 mil utentes, acrescentou José Manuel Fernandes, apenas 4.700 têm médico de família atribuído.
A comissão de utentes aguarda também que a equipa de enfermagem seja reforçada.
NR/HN/Lusa
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