No balanço dos nove anos de funcionamento da prescrição eletrónica, que entrou em vigor em 2015, os SPMS adiantam que a medida já permitiu “mais de 415,5 milhões de receitas totalmente desmaterializadas”.
Cerca de 2,2 mil milhões de embalagens foram prescritas através deste modelo eletrónico, que abrangeu em setembro 97% de desmaterialização em todo o sistema de saúde, indicam os dados disponibilizados no ‘site’ dos SPMS.
O ano com o maior número de receitas sem papel emitidas foi 2019, com um total de 53 milhões, avançam ainda os SPMS, ao salientar que se trata de um “caso de sucesso de inovação tecnológica que acrescenta valor” ao Serviço Nacional de Saúde, com benefícios para utentes, médicos e farmacêuticos.
O sistema inclui todo o ciclo de uma receita, desde a prescrição pelo médico, passando pela dispensa dos medicamentos na farmácia até à conferência das faturas no Centro de Controlo e Monitorização do Serviço Nacional de Saúde.
Na prática, a mesma receita pode incluir fármacos comparticipados e não comparticipados, com a prescrição a ser enviada por ‘e-mail’ ou mensagem SMS para o utente.
As unidades de saúde do setor público foram as primeiras a arrancar com as receitas sem papel, com a primeira a ser emitida no Centro Hospitalar de Setúbal, ao que se seguiu o setor privado.
“Os ganhos são relevantes, traduzindo-se numa redução significativa de custos, na simplificação de procedimentos e, através dos seus mecanismos antifraude, numa monitorização apurada e na rápida deteção de irregularidades”, realçam ainda os SPMS.
LUSA/HN
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