O concurso para a área de especialização do Internato Médico de 2024 terminou na segunda-feira, tendo sido ocupadas 1.851 vagas, correspondendo a 78,8% dos 2.349 candidatos que reuniam condições de ingresso.
No ano anterior, foi colocado um número ligeiramente inferior de médicos – 1.836, disse hoje a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) em comunicado.
A ACSS considerou no entanto “motivo de preocupação a diminuição das escolhas na especialidade de Medicina Interna, que viu ocupadas apenas 136 das 185 vagas a concurso, e de Medicina Geral e Familiar, que viu ocupadas apenas 457 das 625 vagas”.
No total, entre as duas especialidades, ficaram por preencher 217 vagas nas duas especialidades, um número “só parcialmente compensado” pela admissão de 71 candidatos na especialidade de Medicina Intensiva”, na qual ficaram três vagas por preencher.
A ACSS refere que o processo de escolha teve por base o mapa de vagas para acesso à formação especializada do Internato Médico, que totalizaram 2.158.
“Às 2.158 vagas colocadas a concurso, acrescem nove vagas cativas ao abrigo dos protocolos celebrados entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Defesa e entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Administração Interna, num total geral de 2.167 vagas”, sublinha.
Com as vagas cativas, foram colocados 1.860 médicos para a formação especializada, tendo ficado por ocupar 307 vagas, salienta.
Segundo a ACSS, em 36 das 48 especialidades foram ocupadas todas as vagas a concurso, tais como Pediatria (103), Anestesiologia (91), Cirurgia Geral (82), Psiquiatria (79), Ginecologia-Obstetrícia (59), Ortopedia (59) e Cardiologia (37).
“Este processo de escolha permite ainda colocar mais 457 médicos internos na formação especializada de Medicina Geral e Familiar e mais 34 médicos internos na formação especializada de Saúde Pública, permitindo o reforço de profissionais nos cuidados de saúde primários”, salienta.
Realça ainda a existência de quatro vagas protocoladas criadas pela região Autónoma da Madeira, nas especialidades de Anatomia Patológica, Angiologia e Cirurgia Vascular, Doenças Infecciosas e Oftalmologia, que foram ocupadas na sua totalidade.
“Os estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde, que concentram a esmagadora maioria das vagas para formação médica pós-graduada, continuam a afirmar a centralidade do SNS na formação de médicos especialistas, assente na qualidade dos serviços de saúde prestados aos portugueses”, afirma o instituto.
A Administração Central do Sistema de Saúde afirma que os dados refletem “a prioridade do Ministério da Saúde e das instituições parceiras na formação de médicos especialistas com vista ao reforço dos recursos humanos do SNS, a par da preocupação com a recuperação para o processo de formação pós-graduada de jovens médicos que concluíram a licenciatura em anos anteriores e que não haviam iniciado a sua formação especializada”.
LUSA/HN
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