CDS e Chega da Madeira alertam para problemas na urgência devido a pico de afluência

5 de Janeiro 2025

 O CDS-PP e o Chega da Madeira alertaram hoje para um grave condicionamento no tratamento de utentes devido ao pico de afluência às urgências do hospital do Funchal, apelando ao Governo Regional para o reforço de meios.

“O CDS-PP manifesta a sua grande preocupação pelo que se está a passar no Serviço de Urgências do Hospital Dr. Nélio Mendonça”, lê-se no comunicado distribuído pelos democratas-cristãos madeirenses.

O partido, que no atual mandato apoia no parlamento o Governo Regional da Madeira (PSD), refere que “as doenças normais da época e as designadas altas problemáticas estão a provocar enormes condicionamentos no tratamento dos pacientes”.

Registam-se, indica, constrangimentos na triagem, longas esperas para um atendimento, demora na realização de análises e exames e falta de camas, situações que “estão a provocar enormes problemas a quem se dirige às urgências do hospital”.

Por isso, o CDS apela ao Governo Regional “para que reforce os meios humanos ao Serviço de Urgências, à Segurança Social para que procure respostas imediatas para os idosos com alta, mas sem lar, às famílias para que acolham os seus idosos com alta clínica e a todos os madeirenses para que só recorram àquele serviço em casos mesmo urgentes”.

Segundo o partido, a Madeira vive uma “situação de verdadeira emergência” na área da saúde e “todos devem colaborar para dar uma resposta eficaz a esta situação excecional”.

“A qualidade dos atos clínicos e de enfermagem têm que ser prestados em tempo útil e dentro dos prazos recomendados”, conclui.

Também o líder do Chega/Madeira, Miguel Castro, denunciou o “caos instalado na saúde” na região, mencionando, num comunicado, que hoje “60 utentes aguardavam internamento nos corredores das urgências do Serviço Regional de Saúde (Sesaram), um reflexo direto da falta de planeamento e da incapacidade de resposta da tutela”.

O eleito do Chega – partido que apresentou uma moção de censura ao executivo regional, aprovada em dezembro – referiu que “mais de duas dezenas de doentes que já receberam alta médica permanecem internados nos hospitais da região, não por necessidade clínica, mas devido à ausência de alternativas familiares ou sociais para assegurarem os cuidados necessários após a alta”.

No seu entendimento, “esta situação demonstra o fracasso das políticas sociais e de saúde da região, que não oferecem soluções dignas para os cidadãos em situações vulneráveis”, um problema “inadmissível” que “exige uma resposta imediata”.

“Os madeirenses merecem dignidade nos cuidados de saúde. Este governo tem falhado de forma reiterada, mas é obrigação sua resolver esta crise sem mais demoras”, sublinhou Miguel Castro.

LUSA/HN

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