A reação de Ana Paula Martins surge depois de o líder da IL, Rui Rocha, ter denunciado a situação na segunda-feira.
“Esse comentário do presidente da Iniciativa Liberal [IL] é uma matéria que naturalmente olharei e avaliarei com todo o cuidado, mas para já não tenho mais comentário nenhum a fazer”, precisou.
A governante falava aos jornalistas à margem da inauguração de uma exposição de fotografias – patente até 05 de abril – sobre o processo da cura, no âmbito dos 45 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no Hospital Júlio de Matos, em Lisboa.
Na segunda-feira, Rui Rocha salientou que em causa está o enfermeiro Belmiro Rocha, nomeado na passada quinta-feira como vogal da administração da ULS da Gaia-Espinho.
O líder da IL indicou que Belmiro Rocha terá participado enquanto testemunha num processo movido por uma “empresa que gera parques de estacionamento contra a gestão pública” da ULS Gaia-Espinho, cuja administração agora pertence.
“Eu pergunto: isto é normal? É aceitável que se faça uma nomeação destas quando há um patente conflito de interesses com o interesse público? Quando há alguém que foi testemunha contra o interesse público? Eu creio que tudo isto deve ser objeto de reflexão e de questionamento junto do Ministério da Saúde”, sustentou, considerando que “tudo isto parece um movimento muito estranho, sem critério”.
“Eu pergunto mesmo quais são os interesses que estão pode trás disto tudo? Porque há tanta turbulência já na gestão destas unidades e ainda vem agora o Ministério substituir tudo, vai tudo a eito, sem critério, nomeiam-se pessoas que, aparentemente, têm conflito de interesses com os interesses do Estado”, disse.
Salientando que, antes de substituir a administração da ULS de Gaia-Espinho, esta “tinha bons resultados e estava a funcionar”, Rui Rocha acusou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, de estar a “introduzir turbulência” na gestão das unidades locais de saúde em todo o país.
lusa/HN
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