Autoridades de saúde de Moçambique revelam que o país regista “relativa estabilização” de casos e óbitos

3 de Novembro 2020

A epidemia de Covid-19 registou uma "relativa estabilização" no mês de outubro em Moçambique, segundo a mais recente análise epidemiológica publicada pelo Instituto Nacional de Saúde (INS) que inclui dados recolhidos até segunda-feira.

“Em Moçambique, o mês de outubro foi caracterizado por uma relativa estabilização da epidemia de Covid-19 em relação ao mês de setembro, no entanto, mais acelerada que em agosto”, lê-se no documento.

As três semanas com mais casos foram registadas em setembro – o recorde são 1.497 casos numa só semana -, seguindo-se as quatro semanas de outubro com valores que oscilam entre 795 e 1.188 casos notificados em cada uma.

O número de casos registados de infeção por Covid-19 desceu de 4.812 em setembro para 4.141 em outubro e o número de óbitos foi de 31, o que compara com 38 em setembro, com a taxa de letalidade a fixar-se em 0,7%.

A epidemia está concentrada na zona da capital, Maputo, sendo que na última semana de outubro a maioria dos 154 distritos do país tinha até 28 casos por cada dez mil habitantes.

O número de hospitalizações devido à Covid-19 atingiu um novo máximo (194) no mês de outubro em Moçambique, concentradas também na capital, Maputo.

O país regista um total acumulado de 13.130 casos – 79% dos quais recuperados – e 94 mortes.

Desde que foi declarada a pandemia, Moçambique realizou 191.353 testes a casos suspeitos, com o total de testes a aumentar todos os meses, alcançando 56.743 em outubro.

Moçambique está entre os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) com os rácios mais reduzidos de casos (513,9) e óbitos (3,67) de Covid-19 por milhão de habitantes.

O país encontra-se em estado de calamidade com alívio progressivo de restrições desde agosto, entre as quais o regresso às aulas presenciais nas escolas, retoma de atividades desportivas e reativação da emissão de vistos turísticos.

No entanto, as autoridades recomendam o uso permanente de máscara fora de casa e o cumprimento das restantes medidas de proteção, como o distanciamento social e lavagem frequente das mãos.

LUSA/HN

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