Três novas unidades colocam Medicina Legal portuguesa ao nível dos melhores do mundo

8 de Abril 2025

O presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses considerou hoje que a Medicina Legal portuguesa vai ficar ao nível do melhor que se faz no mundo com a abertura de três unidades de imagiologia forense.

“Poderemos fazer autópsias com muito mais segurança, conhecendo muito melhor as causas de morte, estudando patologias que não conseguíamos estudar antes e, portanto, isto permite que a medicina legal portuguesa fique ao melhor do que há a nível mundial”, destacou Francisco Corte-Real.

O presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses marcou hoje presença na inauguração da primeira Unidade de Imagiologia Forense, em Coimbra.

A primeira Unidade de Imagiologia Forense da Delegação do Centro do Instituto, tal como as Unidades de Imagiologia Forense das delegações do Norte (Porto) e do Sul (Lisboa), estão a ser dotadas de equipamentos de tomografia computorizada, angio-TC e ressonância magnética.

Contam ainda com radiografia portátil, ortopantomografia, scanners de lâminas de anatomia patológica, scanners 3D de luz estruturada, sistemas ALS (alternative light sorce) – fotografia UV ou IV e luzes forenses.

“Estamos a falar de um investimento superior a 6,5 milhões de euros e isto vai permitir uma muito maior qualidade na atividade pericial médico-legal portuguesa”, acrescentou.

De acordo com Francisco Corte-Real, este é o maior investimento feito em equipamentos desde a criação do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Florenses.

“Isto resultou de reforços do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] que o Ministério da Justiça concedeu ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Florenses, por via da concretização das primeiras fases. Isto permite que este Instituto faça aquilo que inicialmente começou a ser feito na Suíça, que é o país mais desenvolvido nesta área, mas nós ficamos logo a seguir”, informou.

Já a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, que participou na cerimónia de inauguração da primeira Unidade de Imagiologia Forense, evidenciou que estes investimentos vão permitir dar “uma resposta muito mais célere, designadamente na área da investigação criminal, que é uma preocupação”.

“Diria que o Instituto de Medicina Legal é mesmo um daqueles casos em que o PRR fez uma grande diferença. Sabemos que houve muito investimento na área do PRR em Portugal e se houve entidade que a soube aproveitar e que soube transformar a sua atividade utilizando os fundos PRR, foi o Instituto de Medicina Legal”, concluiu.

lusa/HN

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Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

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